Outubro prateado traz reflexão sobre o envelhecer

Já parou para pensar qual a nossa responsabilidade para viver mais e melhor?

02/10/2024 ÀS 20H33

- Atualizado Há 3 dias atrás

Estou perto dos 60 anos. Sim, daqui a exatos três anos posso ganhar o título de idosa e os direitos que me cabem.

Claro que me assusto ao olhar no espelho e perceber as mudanças inevitáveis: pele mais flácida, linhas de expressão marcantes, a aparência um pouco cansada e, claro, os cabelos brancos a aumentar.

Me assusto ao olhar para trás e perceber o trajeto percorrido e a história construída. Cada um de nós tem a sua, não é?

Vamos colando nossas experiências no álbum da nossa existência. E mais do que susto ou até mesmo um pavor, sinto mais alegria e orgulho diante dos acertos, fracassos e dos aprendizados que não param, inclusive nessa fase.

Conjugar o envelhecer não é fácil. Exige de nós todos os dias o ressignificar-se a idade que se tem e suas peculiaridades.

O envelhecer para as mulheres

Para as mulheres há um peso maior com a menopausa. No balaio desse período feminino tem a melancolia, o sentimento de não ser mais útil, de perceber a beleza derretendo e o corpo aumentando para os lados.

Há dias em que sair de casa é um martírio e por tantos motivos… O mundo que não muda, piora. A humanidade em conflito do outro lado do muro e no outro continente. Tudo parece confuso na maturidade que se reflete em nós.

Porém nem tudo é caos ou perdas!

Tenho me reencontrado na atividade física. Hoje, a musculação é parte da rotina e tento não abrir mão do horário da academia nas quatro vezes por semana.

A alimentação segue bem, mas com potencial para melhorar. E o resgate de amigos é à ‘feitura’ de amizades surpreendentes dão um novo sentido aos dias.

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Ah! E o renovar no trabalho também é um fato. Aos 57 anos estou prestes a enfrentar um desafio e tanto!

Estamos vivendo mais. As pesquisas estão aí para mostrar essa realidade. Pessoas com 80 e poucos anos estão a experimentar a vida de um jeito especial. E muitos nem remédio tomam!

Envelhecer bem pode ter a ver com as nossas escolhas. Compreender que o que se fazia até então não pode mais e buscar outras trilhas que combinam mais.

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Pensar em novos cursos, um novo amor, viagens ou a quietude da casa com atividades que permitam o bem-estar.

Acredito que no processo temos a nossa responsabilidade na construção de mais dias com uma qualidade boa e digna.

Eu sei que num país como o nosso isso pode ser distante para algumas pessoas e talvez realmente dependa de nós que sabemos de fato como o autocuidado está ao nosso alcance com atitudes simples: movimento, pensamento positivo, lazer, gente boa por perto e a fé que nos habita.

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Caroline Aleixo

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