Temas essenciais do mundo atual intercalados com posições humanistas a respeito de comunicação, economia, vida, política e sociedade
Temas essenciais do mundo atual intercalados com posições humanistas a respeito de comunicação, economia, vida, política e sociedade
De quatro em quatro anos a ordem se inverte e 500 e poucos cidadãos e cidadãs batem à nossa porta pedindo votos tal qual rainha do milho, com papelzinho em mãos e o desafio vender quantas cartelas puderem.
A conversa mole vai do “você me conhece”, passa por “nunca te decepcionei” e chega ao deleite “vamos mudar essa situação juntos”, carregando você para a cumplicidade que ele mesmo inventou.
Formulazinha batida, cansada, mas que funciona. E funciona muito bem porque quem está do lado de cá, na condição de eleitor, aceita e entra no jogo de forma inescrupulosa, muitas vezes ao provocar o instinto corruptivo do outro na condição de candidato: “Me dá um cento de telhas que eu voto em você”. “Te arrumo meu voto e da família toda por um pix de R$ 200”.
Não, amigo. Estranhos não são só os outros. Somos nós, também, que alimentamos esse monstro da corrupção. Ele só existe porque há quem aceite, se sujeite a dar-lhe a ração necessária à sua existência.
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O filósofo Immanuel Kant via a corrupção como uma violação. “Quando um agente público aceita subornos, subverte a moralidade universal, agindo em seu próprio interesse e prejudicando o bem-estar geral”. Kant ainda complementa o pensamento ao considerar a corrupção como uma “forma de violência moral que mina a base ética da sociedade”.
Sabe qual é o melhor candidato? Talvez aquele que nem sabe que você vota nele, que assume compromissos amplos de interesse coletivo, por vezes para uma categoria, uma área geográfica da cidade, um segmento da sociedade. E que topa o desafio de ser cobrado depois de eleito, presta conta de suas decisões e ouve seus redutos.
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Porque o papel do vereador não é construir escolas, asfaltar ruas, pintar meio-fio. Vereador é pago para fiscalizar o executivo, propor revisão de leis – ou novas que atendam ao povo – representar quem o pôs lá na Casa Legislativa.
Quem te pede ajuda pra se eleger tem o mesmo peso de quem troca voto por tijolo, areia, saco de cimento. Pense grande. Dá o mesmo trabalho que pensar pequeno, mas tem resposta perene. Bom voto!