As necessidades e os problemas que afligem a segunda maior cidade de Minas Gerais: Uberlândia
As necessidades e os problemas que afligem a segunda maior cidade de Minas Gerais: Uberlândia
O período crítico da estiagem em Uberlândia vinha sendo contabilizado pela Defesa Civil desde o dia 19 abril, quando ocorreu a última chuva realmente volumosa na cidade. Foram 162 dias de seca para nos depararmos com 55 milímetros e ventos a 75 km/h no último sábado.
Aqui eu destaco a irônica coincidência que deu o título ao artigo: a chuva resultou em 162 chamados envolvendo ocorrências da chuva e que mobilizou equipes da Prefeitura. Certamente, os estragos foram ainda maiores.
Mas esse texto não é sobre isso. É sobre os extremos do clima do século XXI e como ele é muito refletido em nossa cidade.
Já parou para pensar que quando não sofremos com a estiagem, onda de queimadas, a crise hídrica e, consequentemente, enérgica, estamos sofrendo com inundações, alagamentos e outros impactos dos temporais?
Esse 8 e 80 do clima mata, de uma forma ou de outra. Mata biomas, mata a biodiversidade, mata gente ou, no mínimo, coloca em risco muita gente.
Obviamente, a essa altura, os governos locais não conseguiram mitigar sozinhos os efeitos do colapso climático. Porém, o planejamento estratégico e os investimentos em infraestrutura verde precisam começar de algum lugar.
Esse conceito abrange soluções urbanas, junto ao meio ambiente, como a criação de parques e áreas verdes que ajudam a absorver o excesso de água das chuvas, além de árvores que contribuem para a redução das ilhas de calor, por exemplo.
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O município está com um plano municipal de arborização prestes a ser enviado à Câmara Municipal de Uberlândia. Se for um projeto realmente efetivo, seria um bom início para garantir que a cidade tenha mais espaços verdes para se precaver em meio aos desafios climáticos.
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Além disso, também temos nossa enorme parcela de responsabilidade e precisamos nos conscientizar de que o colapso climático não é apenas um problema ambiental ou político. Trata-se de uma questão socioeconômica que afeta diretamente a qualidade de vida de populações inteiras, a começar pela nossa.
Um passo fundamental é escolher representantes comprometidos com o enfrentamento das mudanças climáticas. No entanto, a responsabilidade não termina na escolha.
Precisamos cobrar a execução das propostas e o cumprimento das promessas enquanto esses representantes estiverem no poder, garantindo que a questão climática seja tratada com a seriedade que merece.
Uberlândia carece disso.