Prints revelam frustração de suspeito antes de matar Renata Miranda em pensionato de Curitiba
Com 43 anos, ela foi assassinada a facadas em um pensionato no Centro de Curitiba; investigação aponta que o crime teria sido motivado por rejeição amorosa
A uberlandense Renata Miranda, de 43 anos, foi assassinada a facadas em um pensionato no Centro de Curitiba, na madrugada da última quarta-feira (16). O principal suspeito do crime é um homem que morava no quarto ao lado da vítima e chegou a demostrar frustração amorosa através de atitudes e mensagens por não ter seus sentimentos correspondidos. Segundo testemunhas e familiares, os dois eram amigos, mas Renata não tinha interesse em um relacionamento amoroso com ele.
Prints de conversas obtidos pela produção do Balanço Geral Curitiba, da RICtv, revelam mensagens trocadas entre o suspeito e uma amiga de Renata Miranda, nas quais ele expressava insatisfação com a forma como a vítima tratava os sentimentos dele. A amiga também morava no mesmo pensionato.
Conversas entre Renato e amiga que morava no local mostra sentimentos não correspondidos com Renata Miranda. Crédito: RIC TV/Divulgação
“É muito mimada. Diz que amor é igual uma flor, tem que regar. Mas muita água mata a planta”, escreveu o suspeito.
Em outra conversa, Renata Miranda desabafou com a mesma amiga sobre o comportamento do homem, demonstrando desconforto com a intensidade das atitudes dele.
Prints entre Renata Miranda e amiga revelam a frustração do suspeito antes do crime – Crédito: RIC TV/Divulgação
“Parece bipolaridade, não sei, acho que acabou até a amizade”, escreveu ela.
O homem, identificado como Roberto, chegou a afirmar que tinha sentimentos por Renata Miranda, mas se mostrava confuso:
“Na realidade, eu gosto dela, mas não quero gostar, complicado.”
Renata Miranda foi morta a facadas por Roberto, que morava no mesmo pensionato e a motivação, segundo testemunhas, teria sido a recusa da vítima em manter um envolvimento amoroso – Crédito: RIC TV/Divulgação
Recusa pode ter motivado o crime
Colegas do pensionato relataram ao irmão de Renata Miranda que Roberto demonstrava claramente o desejo de ter um relacionamento com a vítima. “Eles se conheciam há cerca de um mês. Ela não tinha interesse em um relacionamento com ele. Por não aceitar essa rejeição, ele cometeu essa fatalidade”, afirmou o irmão, durante a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML).
Logo após o crime, o suspeito foi encontrado ferido, com cortes nos pulsos e pescoço, em frente ao pensionato. Ele foi socorrido e permanece internado sob escolta policial.
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Renata Miranda e suspeito não tinham relacionamento
Testemunhas que viviam no local confirmaram que Renata e o suspeito mantinham uma relação apenas de amizade e convivência, sem envolvimento romântico. “Era uma casa tranquila, com clima de confraternização. Cada um tinha seu quarto, e os moradores costumavam se reunir para conversar, comer juntos. Isso nos pegou de surpresa”, contou um dos moradores.
A delegada El Cavalcanti, que esteve no local do crime, afirmou que até o momento não há indícios de que os dois mantinham um relacionamento amoroso. As investigações seguem em andamento para apurar a motivação exata e as circunstâncias do feminicídio.
A família de Renata Miranda, de 43 anos, confirmou que o velório da vítima de feminicídio ocorrido em Curitiba será realizado nesta sexta-feira (18), em Uberlândia.