PF mira ‘novo cangaço’ em MG na 2ª fase de operação que investiga roubo milionário
Quadrilha roubou R$ 2 milhões e atacou batalhão da PM em Itajubá; operação avança em três estados
O cerco está se fechando contra a quadrilha chamada “novo cangaço”, que aterrorizou Itajubá, no Sul de Minas, em 2022. Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Pedra Amarela para desmantelar o grupo criminoso responsável por roubar cerca de R$ 2 milhões de uma agência da Caixa Econômica Federal e atacar o batalhão da Polícia Militar na cidade mineira.
O crime deixou quatro policiais e um morador feridos e envolveu ao menos 20 assaltantes fortemente armados, que usaram fuzis e explosivos. Nesta nova etapa da investigação, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e na Bahia.
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Segundo a PF, os alvos são imóveis ligados aos suspeitos nas cidades de Itabirito (MG), Porto Seguro (BA), São Paulo (SP), Osasco (SP) e Carapicuíba (SP). Ao todo, sete mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, sendo três deles na capital paulista.
A ação criminosa em Itajubá, ocorrida na noite de 22 de junho de 2022, teve características típicas do “novo cangaço”: ataques simultâneos, armamento pesado, uso de explosivos e a tentativa de isolar a atuação das forças policiais. A quadrilha não só invadiu a agência bancária como também atacou o batalhão da PM da cidade, numa ofensiva coordenada e violenta.
Essa é a segunda fase da Operação Pedra Amarela, que busca identificar e responsabilizar todos os envolvidos na ação, além de investigar possíveis conexões com outras ocorrências semelhantes no país. As autoridades analisam os materiais apreendidos para aprofundar a apuração e encontrar mais membros do grupo.
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Caso a participação dos investigados seja confirmada, eles poderão responder por uma série de crimes graves, incluindo organização criminosa armada, roubo majorado, cessão ilegal de arma de fogo de uso restrito e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Com o avanço da operação, a Polícia Federal reforça o combate ao crime organizado e ao modelo de assalto cinematográfico que tem causado pânico em diversas cidades brasileiras.