Mulher denuncia abuso em Uberaba durante corrida de aplicativo e afirma que motorista tinha perfil falso
Polícia Civil investiga caso em que uma vítima de 54 anos afirma que motorista a violentou
Uma mulher de 54 anos registrou uma denúncia de estupro contra um motorista durante uma corrida de aplicativo em Uberaba. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que apura as circunstâncias do crime e a atuação do condutor, que teria utilizado um perfil falso no aplicativo, dificultando o rastreio após o suposto crime.
📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Segundo o relato da vítima, que faz tratamento para fibromialgia, ela estava sob efeito de medicamentos quando solicitou a corrida no dia 24 de julho.
Ela contou que a ida até a casa de uma amiga ocorreu normalmente e que o motorista chegou a se oferecer para buscá-la na volta. Mais tarde, ao aceitar a carona de retorno, percebeu que algo estava errado.
“Ele percebeu que eu estava dopada, me colocou sentada na frente e me levou até a casa da minha amiga e prometeu me voltar para me buscar. Ainda tinha sido normal, aí eu decidi voltar com ele. Mas aí eu já achei estranho, eu não tinha dinheiro para pagar o aplicativo, o que eu tinha ele aceitou, aí ele me pôs no carro e parou na avenida e me estuprou”, contou.
VEJA TAMBÉM: Saiba como agir em situações de risco durante corridas por aplicativo
Em entrevista à TV Paranaíba, ela disse não ter conseguido reagir: “eu não consegui, estava dopada pelos remédios. Tentei pedir ajuda, mas não tinha forças”. Após o crime, ela relatou ter sido deixada a poucos metros de casa.
No dia seguinte, a vítima buscou ajuda da polícia pelo número 190, da Polícia Militar, realizou exames médicos e registrou a ocorrência.
Leia Mais
Em nota, a Polícia Civil informou que o inquérito segue em tramitação e que diligências investigativas estão em andamento.
Segundo a advogada da vítima, o motorista teria usado um perfil falso no aplicativo, dificultando a apuração. Ela destacou que os laudos médicos serão fundamentais para comprovar o estado de vulnerabilidade da mulher.
A defensora também afirmou que a empresa responsável pela plataforma poderá ser acionada judicialmente. “A empresa tem a obrigação de monitorar e fiscalizar os perfis dos motoristas. Essa falha gera responsabilidade pelo que aconteceu”, disse.
O Paranaíba Mais procurou a empresa de transporte por aplicativo, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.