Investigação revela que vítima e suspeito do ataque tinham comportamento elogiado por professores
Promotoria diz que Melissa Campos mantinha bom relacionamento com todos, ajudava colegas e integrava novos alunos às atividades da sala
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O assassinato da estudante Melissa Campos, de 14 anos, dentro da sala de aula em Uberaba revelou perfis que chamam a atenção das autoridades. Segundo o Ministério Público, durante a coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, tanto a vítima quanto o adolescente apontado como suspeito principal do crime tinham bom desempenho escolar e comportamento elogiado por professores e colegas.

Quem era Melissa Campos
Melissa Campos era descrita, aluna dedicada, alegre e participativa. De acordo com o promotor de Justiça Diego Martins Aguillar, que atua na Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes em Uberaba, ela mantinha bom relacionamento com todos da escola, ajudava colegas e integrava novos alunos às atividades da sala. “Era uma estudante que se destacava pelo acolhimento e participação, frequentava a igreja com os pais e já havia ganhado prêmios escolares”, afirmou.
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Quem é o suspeito do crime
As investigações apontam que o suspeito do ataque também era considerado um aluno exemplar. Conforme o promotor Tuma, ele tinha ótimas notas, era premiado em concursos escolares e não apresentava sinais de comportamento que indicassem risco. “Um garoto muito inteligente e não havia nada que sugerisse necessidade de acompanhamento especial”, disse.

Ataque em escola de Uberaba
O crime ocorreu dentro de uma sala de aula no fim da manhã do dia 8 de maio, em uma escola estadual de Uberaba. Dois adolescentes foram apreendidos como suspeitos de ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado. As investigações apontaram que o crime foi premeditado e que a jovem foi atacada com uma faca, minutos antes do fim da aula.
O processo segue em trâmite na Justiça. O Ministério Público indicou que irá pedir a aplicação da medida socioeducativa de internação — a mais severa prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena máxima de três anos. A sentença deve ser conhecida em junho.