Frutal registra sexto tremor de terra em 2025; entenda o fenômeno

Cidade do Triângulo Mineiro tem histórico crescente de abalos sísmicos de baixa intensidade

, em Uberlândia

Frutal, no Triângulo Mineiro, voltou a registrar atividade sísmica com um tremor de terra de magnitude 2.6 na escala Richter. O abalo é o sexto ocorrido na cidade em 2025 e foi confirmado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).

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Cidade de Frutal, vista aérea – Foto: Prefeitura de Frutal/ Reprodução

Antes da ocorrência deste domingo (27), cinco tremores anteriores foram registrados na cidade. Quatro em fevereiro e um em março. Todos tiveram baixas magnitudes, entre 1.9 e 2.4 na escala Richter.

Apesar de leves, os eventos reforçam a atividade sísmica na região, que vem sendo monitorada com mais atenção desde o forte tremor de magnitude 4.0 registrado em Frutal em 18 de junho de 2024, o maior já medido na cidade.

Vídeo mostra a intensidade do tremor de terra em Frutal
Câmera de segurança de empresa registrou o tremor de um portão e equipamentos durante o abalo sísmico em Frutal
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Tremores também em outras cidades do Triângulo

A instabilidade sísmica não é exclusiva de Frutal. Em março deste ano, outros dois municípios da região também registraram abalos: Lagamar, com um tremor de magnitude 2.7 no dia 13, e Araguari, com magnitude 2.4 no dia 14. Além destes casos, no início do ano, Indianópolis também registrou um abalo de 2.6 na escala Richter.

Por que esses tremores acontecem?

Embora o Brasil não esteja localizado em áreas de encontro de placas tectônicas (onde ocorrem os grandes terremotos), o país possui falhas geológicas antigas no interior do continente, que eventualmente acumulam tensões e liberam energia em forma de pequenos abalos sísmicos.

Segundo o Centro de Sismologia da USP, tremores abaixo de 3.0 mR são classificados como muito leves e, em geral, não provocam danos. Em muitos casos, esses eventos são imperceptíveis para a população, embora possam ser sentidos por moradores mais próximos ao epicentro.

A Rede Sismográfica Brasileira, coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI) com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), monitora continuamente esses fenômenos em todo o território nacional.