Embarque do corpo de Juliana Marins segue indefinido e família pede nova autópsia no Brasil
Voo com o corpo da publicitária, previsto para sair de Bali às 19h45 deste domingo rumo ao Galeão, foi cancelado sob a alegação de compartimento de carga lotado
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Mesmo com toda a documentação regularizada e os trâmites concluídos, a companhia aérea Emirates recusou, neste domingo (29), o embarque do corpo de Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha junto à cratera do vulcão Rinjani, na Indonésia. A negativa gerou revolta da família, que agora também busca na Justiça Federal uma nova autópsia, com o apoio da Defensoria Pública da União e da Prefeitura de Niterói.

Segundo a irmã da vítima, Mariana Marins, o embarque estava confirmado para as 19h45 (horário local) deste domingo, com saída de Bali e destino ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. No entanto, momentos antes da decolagem, a companhia alegou que o compartimento de carga estava lotado, impossibilitando o transporte.
“Já estava tudo certo, confirmado. Do nada, alegaram que o porão estava cheio. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa”, escreveu Mariana nas redes sociais.
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Voo cancelado em cima da hora
De acordo com Mariana Marins, a Emirates agora propôs enviar o corpo em outra aeronave com destino a São Paulo, sem oferecer garantias ou suporte para o transporte até o Rio de Janeiro, local que será realizado o velório.
A atitude foi criticada pela família nas redes sociais, por meio de um perfil criado para divulgar atualizações sobre o caso. Eles classificaram a situação como “descaso” e pediram ajuda pública para pressionar a empresa.
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Família pede nova autópsia na Justiça Federal
Com o apoio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) da Prefeitura de Niterói, a família acionou a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que ingressou na Justiça Federal com um pedido oficial de nova autópsia. “Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, declarou a irmã.
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Corpo de Juliana Marins sem previsão de chegada
Até o momento, não há data confirmada para a chegada do corpo ao Rio de Janeiro. A família segue cobrando da Emirates uma solução imediata para trazer Juliana de volta ao país.
A jovem morava em Niterói (RJ) e viajava pela Ásia quando sofreu o acidente no dia 21 de junho. A autópsia indicou que ela morreu devido a trauma e hemorragia interna. A Prefeitura de Niterói anunciou que custearia o translado do corpo de Juliana Marins.
Após o ocorrido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo alteraria as regras para custear o traslado.