Após nova autópsia em Juliana Marins, corpo é liberado para a família
Laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias; família aguarda o documento para esclarecer dúvidas sobre as circunstâncias da morte
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Após nova autópsia em Juliana Marins, agora realizada no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, o corpo da jovem foi liberado para a família nesta quarta-feira (2). A análise, que durou cerca de duas horas e meia, deve resultar em um laudo preliminar a ser entregue em até sete dias. A família aguarda o documento para esclarecer dúvidas sobre as circunstâncias da morte, que é alvo de investigações devido à suspeita de negligência no resgate.
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A irmã da jovem, Mariana Marins, que acompanhou o exame, voltou a manifestar preocupação com a demora no atendimento no local do acidente. “Eu acredito que ela sofreu muita negligência nesse resgate. A gente vai continuar atrás das providências”, afirmou durante coletiva. Para a família, o fato de o corpo ter sido encontrado representa um alívio diante do medo de que Juliana Marins pudesse permanecer desaparecida.
A primeira autópsia foi feita na Indonésia logo após o resgate, em Bali, apontando que Juliana morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas, após o trauma. Contudo, a família questionou o exame local, principalmente por causa da divulgação antecipada dos resultados à imprensa, antes de informarem os parentes.
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Além das investigações conduzidas pelas autoridades indonésias, que já ouviram testemunhas e inspecionaram o local da tragédia, a Defensoria Pública da União (DPU) enviou um ofício à Polícia Federal solicitando abertura de inquérito no Brasil para apurar detalhes do caso. A entidade busca esclarecer o horário exato da morte e se houve omissão na prestação de socorro.
Despedida
A despedida de Juliana Marins será realizada no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói, com data e horário ainda a serem divulgados. A Prefeitura de Niterói assumiu os custos do translado internacional e do sepultamento. Enquanto isso, a família aguarda o resultado do novo laudo que poderá trazer mais respostas sobre o ocorrido.

Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), sofreu uma queda durante a trilha no vulcão e ficou desaparecida por quatro dias até ser localizada sem vida. O corpo foi trazido ao Brasil na noite de terça-feira (1º), após transporte entre a Indonésia, São Paulo e Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio confirmou que a autópsia foi conduzida por dois peritos da Polícia Civil, com acompanhamento da Polícia Federal e de um assistente técnico indicado pela família.