Entenda o que é insuficiência venosa crônica, doença que afeta milhões e atinge até Trump

Condição vascular pode causar dor, inchaço, varizes e feridas nas pernas; diagnóstico de Trump reacende debate sobre o tema

, em Uberlândia

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A insuficiência venosa crônica é uma doença que atinge milhões de pessoas no mundo e ganhou os holofotes após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ser diagnosticado com a condição. Mais do que um simples problema circulatório, a enfermidade pode comprometer seriamente a qualidade de vida dos pacientes, provocar dores intensas, inchaços, escurecimento da pele e até feridas que não cicatrizam com facilidade. Entenda o que é esse problema, por que ele ocorre, quem corre mais risco e quais os tratamentos disponíveis.

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Insuficiência venosa crônica atinge Trump
Donald Trump é diagnosticado com insuficiência venosa crônica – Crédito: Casa Branca/Divulgação

A insuficiência venosa crônica (IVC) ocorre quando as veias das pernas não conseguem mais cumprir seu papel de levar o sangue de volta ao coração. As válvulas que controlam esse fluxo se tornam ineficientes, provocando o acúmulo de sangue nos membros inferiores. Essa retenção gera pressão nas veias, inflamações e dilatações, que podem evoluir para varizes e úlceras venosas, ou seja, feridas abertas e de difícil cicatrização.

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Inchaço nos tornozelos, especialmente ao final do dia;

  • Sensação de peso ou queimação nas pernas;

  • Varizes visíveis;

  • Escurecimento da pele (hiperpigmentação);

  • Feridas de difícil cicatrização.

Estima-se que cerca de 7 milhões de pessoas convivam com a insuficiência venosa crônica só nos Estados Unidos. A doença é responsável por até 90% das úlceras nos membros inferiores e atinge homens e mulheres, principalmente após os 50 anos. Fatores como obesidade, sedentarismo, histórico familiar e longos períodos em pé ou sentado aumentam o risco. Gravidez e uso de anticoncepcionais hormonais também são agravantes no caso das mulheres.

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Diagnóstico de insuficiência venosa crônica em Trump

No caso de Trump, o diagnóstico foi revelado por sua equipe após a repercussão de imagens em que ele aparecia com os tornozelos inchados e a mão direita com possíveis hematomas mascarados por maquiagem. Segundo a Casa Branca, a condição é pode ter sido agravada pelo uso de aspirina, medicação que faz parte de seu protocolo de prevenção cardiovascular.

Apesar de progressiva, a insuficiência venosa tem tratamento. Nos estágios iniciais, recomenda-se a adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas (especialmente caminhada), usar meias de compressão, manter as pernas elevadas e controlar o peso. Em quadros mais avançados, podem ser prescritos medicamentos que estimulam a circulação e procedimentos cirúrgicos, como escleroterapia, laser endovenoso ou retirada das veias afetadas.

De acordo com especialistas, o tratamento e o acompanhamento regular fazem toda a diferença.