Chikungunya leva mais riscos a pessoas idosas e com comorbidades
Segunda morte pela doença em Minas Gerais no ano de 2025 foi registrada em Ipatinga e médico aponta que chikungunya não pode ser subestimada
Idosos e pessoas com comorbidades são os pacientes mais suscetíveis a casos graves e mortes por chikungunya. O segundo óbito pela doença em Minas Gerais em 2025, atestado nesta semana, chamou a atenção sobre a doença que era considerada mais branda que a dengue, por exemplo, entre aquelas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A segunda morte confirmada por chikungunya, apontada pelo Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos da Secretaria de Estado de Saúde nesta segunda-feira (10), teve como vítima um homem, com idade entre 80 e 89 anos com histórico de diabetes e hipertensão. O caso foi registrado na cidade de Ipatinga.

De acordo com o médico infectologista José Humberto Caetano Marins, a doença deixou de ser vista como uma mal que não gerava complicações. “Epidemias mostraram que ela produz casos graves até em pessoas que não têm doenças de base”, explicou.
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Entretanto, mais comumente as mortes pela doença são consequências de uma saúde já fragilizada por comorbidades, ainda salientou o médico.
O primeiro óbito envolvendo um caso de chikungunya no Estado em 2025 foi de uma mulher que também tinha mais de 80 anos, com hipertensão e diabetes.
“Não é surpresa ter óbito por chikungunya, mas agora a gente saber que isso é possível. Não é um risco de mesma monta que a dengue, mas é considerável. Na maioria dos casos no Brasil, contudo, há comorbidades anteriores”, disse José Humberto Marins.
Ele salienta que ambos os casos de óbitos neste ano em Minas Gerais fazem parte de quadros comuns que levam a complicações graves envolvendo a doença.