Casos de febre maculosa em Minas crescem mais de 10% em uma semana
Boletim da Secretaria de Saúde aponta 32 confirmações e cinco mortes; especialistas reforçam alerta sobre prevenção e diagnóstico rápido
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Os casos de febre maculosa em Minas Gerais voltaram a preocupar as autoridades de saúde. Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o número de confirmações aumentou 10,3% em apenas uma semana, passando de 29 para 32 registros. O total de mortes pela doença também subiu, de quatro para cinco óbitos confirmados.
A febre maculosa é uma doença infecciosa grave transmitida pela picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria Rickettsia rickettsii. Quando não tratada rapidamente, pode levar à morte em poucos dias. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial.

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Regiões com mais casos confirmados
De acordo com a SES-MG, Belo Horizonte lidera o ranking estadual, com cinco casos confirmados, seguida de Itabira, que contabiliza quatro. As mortes foram registradas em Caeté (2), Matozinhos (2) e Caratinga (1).
O órgão reforça que a doença requer atenção redobrada, principalmente em áreas rurais e regiões próximas a matas. “O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para evitar complicações e óbitos”, destacou a pasta em nota.
Sintomas e importância da prevenção
Os sintomas da febre maculosa costumam aparecer entre o segundo e o quinto dia após a picada do carrapato e incluem febre alta, dores no corpo, náuseas, prostração e o surgimento de manchas avermelhadas nas mãos e nos pés, que podem evoluir para pontos roxos (equimoses).
Especialistas recomendam evitar áreas com presença de capivaras, bois ou cavalos, onde há maior risco de infestação de carrapatos. Roupas claras e o uso de repelente ajudam na prevenção.

Comparativo com anos anteriores
Apesar da alta recente, os números de 2025 permanecem abaixo do registrado nos últimos dois anos. Em 2023, Minas Gerais teve 90 casos e 20 mortes; em 2022, foram 95 casos e 24 óbitos.
Entre as ações de enfrentamento, a SES-MG informou que realiza monitoramento constante, capacitação de profissionais de saúde, divulgação de materiais educativos e apoio técnico aos municípios para intensificar a vigilância.