Veja como foi o 1º dia do julgamento de Bolsonaro e acusados de trama golpista

STF ouviu as defesas de Mauro Cid, Alexandre Ramagem e Almir Garnier nesta terça-feira (2); advogados de Bolsonaro devem ser ouvidos nesta quarta (3)

, em Uberlândia

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do Núcleo 1 da trama golpista. As defesas do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e do almirante Almir Garnier, foram ouvidas nesta tarde.

O julgamento será retomado a partir das 9h desta quarta-feira (3). Serão ouvidas as sustentações dos advogados de Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e ex-ministro de Bolsonaro, general Braga Netto.

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Primeiro dia de julgamento de Bolsonaro e réus da trama golpista
Primeiro dia de julgamento de Bolsonaro e réus da trama golpista – Créditos: Gustavo Moreno/Supremo Tribunal Federal
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O que disseram as defesas no 1º dia de julgamento?

Segundo o STF, o advogado de Mauro Cid, Jair Alves Ferreira, defendeu a manutenção do acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal. Ele rebateu as alegações de que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro teria sido coagido a deletar a trama golpista. Também da defesa do tenente-coronel, o advogado Cezar Bitencourt afirmou que Cid não incentivou os atos golpistas contra a democracia ou o sistema eleitoral.

Já a defesa do deputado federal e ex-diretor da Abin, negou que Alexandre Ramagem tenha determinado o monitoramento ilegal de adversários e ministros do STF. O advogado Paulo Renato Garcia Cintra Pinto também negou que Ramagem tenha orientado o ex-presidente a fazer críticas às urnas eletrônicas.

O advogado do almirante Almir Garnier, Demóstenes Torres, negou que o militar tenha colocado as tropas à disposição da tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Por último, a defesa de Anderson Torres disse que não há nenhum elemento que comprove que o seu cliente tenha arquitetado qualquer atuação da Polícia Rodoviária Federal para comprometer a honestidade do segundo turno das eleições de 2022.

Quem são os réus e os crimes que eles respondem?

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Os réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.