Trump proíbe matrícula de estrangeiros em Harvard; entenda o impacto para os estudantes
Decisão drástica do governo Trump contra Harvard afeta milhares de estudantes internacionais e pode influenciar o futuro de quem sonha com uma educação no exterior
A prestigiada Universidade Harvard, uma das mais renomadas dos Estados Unidos e do mundo, perdeu nesta quinta-feira (22) o direito de matricular qualquer estudante estrangeiro.
O governo norte-americano, em uma medida drástica, cancelou a certificação da instituição no programa federal de vistos estudantis (Student and Exchange Visitor Program – SEVP).

A decisão, com efeito imediato, veio após a alegação de que Harvard não compartilhou informações consideradas essenciais pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) sobre seus estudantes estrangeiros.
Além disso, pesam contra a universidade acusações de manter um ambiente hostil com estudantes judeus e de possuir políticas de diversidade, equidade e inclusão consideradas “racistas” pelo governo.
Harvard x Trump
As diferenças entre Harvard e o governo americano já existem a algum tempo, sendo que em abril deste ano a Secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, ja havia ameaçado retirar o direito de matrícula de estudantes estrangeiros. Harvard respondeu dizendo que se defenderia e que nenhum governo deveria dizer o que uma faculdade particular deveria ensinar ou fazer.
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Com a proibição em vigor, Harvard não poderá receber estudantes com vistos F (para estudantes estrangeiros) e J (para intercâmbio) para o semestre 2025-2026. Alunos atualmente matriculados, caso queiram manter seus vistos, deverão se transferir para outra instituição de ensino imediatamente.
Estudantes internacionais em Harvard
Atualmente, Harvard abriga 6.793 estudantes internacionais, que representam 27,2% de suas matrículas no ano letivo de 2024-2025, de acordo com dados da própria universidade. O impacto dessa medida é, portanto, significativo e pode reverberar em todo o cenário da educação superior nos EUA.
Até o momento da publicação desta reportagem, a Universidade Harvard ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão.