EUA enviam 4 mil militares para frear narcotráfico na Venezuela

Governo norte-americano envia três navios e 4 mil militares ao Caribe, na divisa com a Venezuela; Caracas reage e acusa Washington de colocar paz regional em risco

, em Uberlândia

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O narcotráfico na Venezuela levou Donald Trump a mobilizar forças. O presidente dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou nesta terça-feira (19) que está preparado para “usar toda sua força” contra a Venezuela em uma ofensiva destinada a combater cartéis de drogas que abastecem os Estados Unidos. Ele enviou de três navios de guerra, cerca de 4 mil militares, submarinos e aviões de reconhecimento para águas do Caribe próximas à costa venezuelana. A medida gerou forte tensão internacional, com críticas do governo de Nicolás Maduro, que classificou a ação como uma ameaça à paz e à estabilidade da região.

Navio com militares que Trump enviou para combater o narcotráfico na Venezuela
Navio com militares dos Estados Unidos enviou para combater o narcotráfico na Venezuela – Crédito: X/Reprodução

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Segundo a Casa Branca, o regime de Maduro não é um governo legítimo, mas sim um “cartel do narcotráfico”. A procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi, afirmou que o presidente venezuelano é “um dos maiores narcotraficantes do mundo” e envolve cartéis violentos sediados na Venezuela e no México, como o Tren de Aragua e os cartéis de Sinaloa e dos Sóis. Entre os ativos bloqueados pela Justiça americana estão jatos privados e veículos ligados a Maduro, totalizando mais de 700 milhões de dólares.

Combate ao narcotráfico na Venezuela

A missão militar inclui os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, além de contratorpedeiros, navios de guerra equipados com mísseis e pelo menos um submarino nuclear. O objetivo oficial é operar em espaço aéreo e águas internacionais para monitorar e, se necessário, atacar cartéis de drogas que representem ameaça aos Estados Unidos. Cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais participarão da operação, que contará ainda com aeronaves de reconhecimento P-8 Poseidon.

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Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores acusou Washington de “falta de credibilidade” e de colocar em risco a paz regional, incluindo a Zona de Paz declarada pela Celac. Maduro anunciou o destacamento de 4,5 milhões de milicianos armados como parte de um “plano de paz” e afirmou que o país está preparado para defender seus mares, céus e territórios diante da “estranha e bizarra ameaça de um império em declínio”.

Analistas internacionais observam que a ofensiva de Trump se insere em um esforço mais amplo da administração americana para conter o tráfico de drogas e limitar a migração em direção à fronteira sul dos EUA, transformando a repressão aos cartéis em uma prioridade estratégica. A operação, que vem sendo planejada há meses, reforça a presença militar americana na região e aumenta ainda mais a tensão entre os dois países.