CPI da Saúde avança e precisa de uma assinatura para ser instaurada em Uberlândia

O vereador Professor Conrado Augusto (MDB) apresentou uma nova versão do requerimento para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a área da saúde em Uberlândia. O documento da “CPI da Saúde”, que é a terceira versão do pedido, pois as duas primeiras foram de autoria do vereador Adriano Zago (Avante), conta agora com oito assinaturas e precisa de apenas mais uma para ser aprovado.

O requerimento de Conrado Augusto foca no “suposto desvio de R$ 6,5 milhões no âmbito do programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD), incluindo a possível relação do esquema criminoso com a execução, a qualquer tempo, de contratos de Organizações Sociais em Saúde e laboratórios vinculados à Secretaria Municipal de Saúde”.

A estratégia de ampliar o objeto da investigação teve como objetivo atrair mais apoio. A primeira versão do pedido, de autoria de Zago, teve apenas seis assinaturas. Já a segunda ampliou a investigação para contratos municipais da área da saúde desde 2017.

Apesar de o vereador Abatênio Marquez (PP) ter assinado a primeira versão do requerimento, ele retirou a assinatura da segunda versão por considerar que o novo pedido “perdia o objeto”, retornando a assiná-la na terceira versão. “Considerei o objeto específico conforme a lei exige. Não podemos deixar de investigar um desvio que, no período colocado, fala-se em mais de R$ 6 mil por dia”, disse Abatênio Marquez.

A entrada de Sérvio Túlio (PSDB) e a manutenção das assinaturas de Amanda Gondim (PSB), Fabão (PV), Professor Ronaldo (PT), Dr. Igino (PT), Adriano Zago e Conrado garantiram a coesão necessária para que o requerimento avance. Para que a CPI seja instaurada, são necessárias nove assinaturas. “Estou honrando a palavra que eu dei na tribuna e continuei assinando a CPI”, destaca Sérvio Túlio.

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Em busca da nona assinatura

O vereador Conrado Augusto apontou a vereadora Liza Prado (Cidadania) como a possível nona assinatura, o que garantiria a instauração da CPI ainda nesta quarta-feira (10). O Paranaíba Mais tentou contato com a parlamentar para confirmação, mas ela não retornou até a finalização da matéria.

A estratégia de “diminuir a resistência e ampliar as assinaturas”, segundo Conrado, parece estar dando certo. Após a obtenção do mínimo de assinaturas, o requerimento será protocolado e a Mesa Diretora dará andamento para sua publicação. No prazo de dois dias úteis após a publicação, os cinco membros da CPI serão indicados pelos líderes de blocos da Câmara Municipal.

Articulação de Zago para integrar a comissão

Embora o autor do novo requerimento seja Conrado, a articulação política prevê que o vereador Adriano Zago, autor original, ainda seja indicado para ser um dos cinco membros da CPI. “Teremos direito de indicar mais um membro para a CPI; eu pedi para que seja eu. Se construirmos um Bloco da Minoria, podemos indicar um dos dois cargos: Presidência ou Relatoria”, explicou Zago.

A composição da CPI segue a proporcionalidade dos blocos da Câmara e é formada por cinco membros. Posteriormente, são definidas as posições de trabalho, sendo um presidente, um relator e três membros.