Bolsonaro volta a falar sobre anistia e diz que Moraes “tem que ceder” para pacificação do Brasil

Fala aconteceu em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, nesta quinta-feira, e segundo o ex-presidente se Lula ou Alexandre de Moraes dessem uma palavra a anistia estava resolvida

, em Uberlândia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a citar uma possível anistia a pessoas que estariam envolvidas em tentativas de golpe de Estado no Brasil, incluindo o 8 de janeiro, e que isso deveria partir do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Alguém tem que ceder”, ele disse em entrevista à revista Oeste, nesta quinta-feira (28).

“Eu apelo aos senhores ministros do Supremo Tribunal Federal, eu apelo. Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia, (e o país) vai ser pacificado”, disse durante o programa Oeste Sem Filtro.

 

Bolsonaro fala sobre anistia
Ates de falar sobre anistia, o ex-presidente, criticou seu indiciamento – Crédito: Revista Oeste

Bolsonaro criticou o processo de investigação e chamou de “peça de ficção” o relatório que levou ao seu indiciamento por conta de um plano de morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio ministro Moraes que a Polícia Federal apurou.

Apesar disso, o ex-presidente afirmou que “Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes”. Mais à frente na entrevista, ele disse que “se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido”. “Não querem pacificar? Pacifica”.

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Ele ainda fez um comparativo com a Lei da Anistia. “A anistia, em 1979: eu não era deputado, foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião, e ‘vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente’”, disse.

“A impunidade vai gerar mais impunidade”

Após o episódio do atentado a bomba contra o STF cometido pelo ex-candidato pelo PL ao cargo de vereador do município de Rio do Sul (SC) Francisco Wanderley Luiz (Tiü França) Moraes afirmou que “criminoso anistiado é criminoso impune”.

O ministro participava de sessão ordinária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o dia 14 de novembro e disse que a impunidade gerou ataques. “A impunidade vai gerar mais impunidade”.

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Moraes acrescentou que o atentado foi uma demonstração de que a pacificação do país só será possível a partir da responsabilização de todos os criminosos e que, portanto, não há possibilidade de pacificação com a anistia.

“Todos sabem que criminoso anistiado é criminoso impune e que a impunidade vai gerar mais criminalidade, como ocorreu ontem com uma tentativa de explodir o STF. Várias pessoas foram instigadas a agredir e atacar (as instituições), a tal ponto que hoje se utilizam bombas para isso”, afirmou.