Nesta segunda-feira (2), Uberlândia registrou um índice de 11% de umidade relativa do ar, uma das menores taxas já registradas na cidade.
A situação coloca a região em estado de emergência, conforme critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a OMS, índices de umidade abaixo de 12% são considerados extremamente perigosos exigindo medidas de contenção imediatas, como a suspensão de atividades públicas e escolares.
Em nível de comparação, no deserto do Saara, a umidade do ar varia entre 14% e 20%, deixando claro como a onda de calor que atinge o Brasil está deixando o tempo cada vez mais seco.
Baixa umidade e falta de chuva
A última chuva registrada no município foi em 19 de abril, segundo informações da Defesa Civil. Houve precipitação leve em algumas áreas rurais e na zona oeste da cidade no dia 26 de maio, mas desde então, a cidade enfrenta um longo período sem chuvas consideráveis, que já ultrapassa cinco meses.
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Os setores norte e oeste de Uberlândia, onde estão localizados os bairros Roosevelt e Guarani, são os mais afetados.
Esse registro preocupante é reflexo na nova onda de calor que atinge o país que se iniciou hoje e promete dias bem quentes.
Como cuidar da saúde em níveis baixos de umidade
A Defesa Civil de Uberlândia emitiu um alerta vermelho de grande perigo devido à baixa umidade e à alta temperatura, que pode desencadear uma série de problemas de saúde e aumentar a incidência de incêndios na região.
A baixa umidade contribui para o ressecamento das mucosas, aumentando a vulnerabilidade a alergias e infecções respiratórias. A pele também sofre com o ressecamento, e há maior irritabilidade nos olhos.Diante desse cenário, é fundamental que a população adote medidas de proteção para minimizar os impactos da baixa umidade do ar. A OMS recomenda:
- Hidratação constante: consuma líquidos com frequência, preferindo água e sucos naturais;
- Evite atividades físicas intensas ao ar livre: o esforço físico em condições de calor extremo e baixa umidade pode levar a desidratação e exaustão. Evite praticar qualquer atividade entre 11 e 15h;
- Proteja a pele e os olhos: use hidratantes e óculos de sol para evitar o ressecamento da pele e a irritação ocular;
- Evite acender fogueiras ou queimar resíduos: o risco de incêndios é elevado, e qualquer foco pode se alastrar rapidamente;
- Umidifique os ambientes internos: use toalhas molhadas, bacias com água ou umidificadores para melhorar a qualidade do ar dentro de casa.
Além de cuidados, é preciso se atentar aos sinais que o corpo humano emite nessas ocasiões emergências como:
- Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
- Sangramento pelo nariz;
- Ressecamento da Pele;
- Irritação nos olhos;
- Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos;
- Aumento de incêndio em pastagens e florestas.
A Defesa Civil reforça a importância de seguir essas orientações para evitar complicações de saúde e minimizar os riscos de incêndios. A população deve estar atenta aos avisos e recomendações das autoridades durante esse período de grande alerta.