Clima de deserto: Uberlândia registra 11% de umidade no ar; Defesa Civil emite alerta vermelho

Setor Norte e Oeste foram os mais afetados pela baixa umidade nesta segunda-feira (2)

, em Uberlândia
02/09/2024 ÀS 16H35
- Atualizado Há 2 semanas atrás

Nesta segunda-feira (2), Uberlândia registrou um índice de 11% de umidade relativa do ar, uma das menores taxas já registradas na cidade.

A situação coloca a região em estado de emergência, conforme critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mapa mostra região em alerta vermelho em umidade
Mapa mostra regiões que estão em alerta vermelho para baixa umidade – Foto: INMET/Divulgação

De acordo com a OMS, índices de umidade abaixo de 12% são considerados extremamente perigosos exigindo medidas de contenção imediatas, como a suspensão de atividades públicas e escolares.

Em nível de comparação, no deserto do Saara, a umidade do ar varia entre 14% e 20%, deixando claro como a onda de calor que atinge o Brasil está deixando o tempo cada vez mais seco.

Baixa umidade e falta de chuva

A última chuva registrada no município foi em 19 de abril, segundo informações da Defesa Civil. Houve precipitação leve em algumas áreas rurais e na zona oeste da cidade no dia 26 de maio, mas desde então, a cidade enfrenta um longo período sem chuvas consideráveis, que já ultrapassa cinco meses.

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Os setores norte e oeste de Uberlândia, onde estão localizados os bairros Roosevelt e Guarani, são os mais afetados.

Esse registro preocupante é reflexo na nova onda de calor que atinge o país que se iniciou hoje e promete dias bem quentes.

Como cuidar da saúde em níveis baixos de umidade

A Defesa Civil de Uberlândia emitiu um alerta vermelho de grande perigo devido à baixa umidade e à alta temperatura, que pode desencadear uma série de problemas de saúde e aumentar a incidência de incêndios na região.

A baixa umidade contribui para o ressecamento das mucosas, aumentando a vulnerabilidade a alergias e infecções respiratórias. A pele também sofre com o ressecamento, e há maior irritabilidade nos olhos.Diante desse cenário, é fundamental que a população adote medidas de proteção para minimizar os impactos da baixa umidade do ar. A OMS recomenda:

  • Hidratação constante: consuma líquidos com frequência, preferindo água e sucos naturais;
  • Evite atividades físicas intensas ao ar livre: o esforço físico em condições de calor extremo e baixa umidade pode levar a desidratação e exaustão. Evite praticar qualquer atividade entre 11 e 15h;
  • Proteja a pele e os olhos: use hidratantes e óculos de sol para evitar o ressecamento da pele e a irritação ocular;
  • Evite acender fogueiras ou queimar resíduos: o risco de incêndios é elevado, e qualquer foco pode se alastrar rapidamente;
  • Umidifique os ambientes internos: use toalhas molhadas, bacias com água ou umidificadores para melhorar a qualidade do ar dentro de casa.

Além de cuidados, é preciso se atentar aos sinais que o corpo humano emite nessas ocasiões emergências como:

  • Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
  • Sangramento pelo nariz;
  • Ressecamento da Pele;
  • Irritação nos olhos;
  • Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos;
  • Aumento de incêndio em pastagens e florestas.

A Defesa Civil reforça a importância de seguir essas orientações para evitar complicações de saúde e minimizar os riscos de incêndios. A população deve estar atenta aos avisos e recomendações das autoridades durante esse período de grande alerta.

 

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