Taxa Selic: como funciona e por que ela é tão importante para a economia 

Taxa básica de juros é o principal dispositivo utilizado pelo Banco Central para conduzir a política monetária e controlar a inflação

04/09/2024 ÀS 07H56
- Atualizado Há 2 semanas atrás

Toda vez que compramos no supermercado, fazemos um empréstimo ou aplicamos nosso dinheiro em investimentos, a taxa Selic está por trás dessas movimentações.

Ela é a taxa básica de juros da economia brasileira e o principal dispositivo utilizado pelo Banco Central para conduzir a política monetária, principalmente quanto ao controle da inflação.

Taxa Selic
Taxa selic tem impactos diretos no bolso do consumidor – Foto: Freepik

A taxa Selic é responsável por indicar os rumos da economia impactando no preço dos produtos e nos rendimentos que você pode receber ou perder com as transações financeiras. Por isso é muito importante entender como ela funciona e os impactos nos nossos gastos.

Os impactos na taxa Selic na economia

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, uma infraestrutura federal onde são depositados e transacionados títulos públicos federais.

Isso significa que a taxa Selic se trata de um indicador econômico usado como base para as operações que envolvam títulos públicos federais.

Por ela ser uma taxa básica da economia, e a menor para incidência de juros, a partir dela podem ser criadas outras taxas de juros praticadas pelas empresas e, especialmente, instituições financeiras durante as operações de crédito.

Supermercado
Definição da meta da selic ajuda a minimizar efeitos da alta nos preços do produto – Foto: Freepik

Entre os principais impactos da taxa Selic na economia podemos destacar:

Empréstimos e financiamentos: quando a Selic sobe, o custo das operações de crédito tende a subir também, desestimulando o consumo e o endividamento. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito fica mais barato para impulsionar o consumo e a adesão aos empréstimos financeiros.

Investimentos: a taxa Selic também afeta diretamente o retorno de investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto. Isso porque quando a taxa está alta, esses investimentos oferecem melhores retornos aos investimentos.

Inflação: esse, sem dúvidas, é o impacto mais direto na economia e para o bolso do consumidor. Uma das principais razões para o ajuste da Selic é controlar a inflação. Se os preços dos produtos estão em alta, a Selic pode ser elevada para encarecer o crédito e diminuir a demanda, para conter o aumento dos preços. Com a inflação controlada, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular mais a economia.

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Entende por que esse indicador é tão importante?

Por mais técnico que o conceito possa parecer, a taxa Selic impacta diretamente no nosso orçamento quando precisamos arcar com as despesas do dia a dia: um financiamento imobiliário, uma compra mensal de mercado, na fatura do cartão de crédito, entre outros.

A Selic e o Banco Central

O Banco Central (BC), principal entidade monetária do Brasil que coordena o sistema financeiro nacional, define a meta da Selic a cada 45 dias. Essa definição é feita por meio de reuniões e análises do Comitê de Política Monetária (Copom).

Para isso, são considerados fatores como, por exemplo, a alta de preços de produtos, o crescimento econômico do país e o nível de desemprego.

Depois de cada reunião, o Copom divulga um comunicado oficial ao mercado explicando as razões da decisão de mexer no percentual da taxa ou de mantê-lo.

Banco Central
Banco Central, por meio do Copom, define a meta Selic – Foto: TV Paranaíba/Reprodução

Então reforçando:

A taxa Selic pode aumentar para encarecer o crédito e ajudar a estabilizar os preços.

A taxa Selic pode ser menor se a economia está mais lenta, para estimular o consumo e os investimentos.

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Além de definir a meta da Selic, o BC tem o condão de articular junto aos bancos para que a taxa de juros praticada por eles esteja alinhada com a meta Selic. Isso ocorre por meio das operações com títulos públicos, nas quais o BC ajusta a quantidade de dinheiro em circulação para influenciar a taxa de juros do mercado.

Histórico de evolução da taxa Selic

Atualmente, a Selic está definida em 10,5% ao ano desde a última reunião, no final de julho, quando o Copom decidiu pela manutenção da taxa, permanecendo com o mesmo percentual por três vezes seguidas.

O histórico da taxa pode ser acompanhado diretamente pelo portal do Banco Central.

Seja no planejamento financeiro pessoal ou na escolha de um investimento, a taxa Selic é um fator que não pode ser ignorado pelo consumidor.

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