Operação: transferências irregulares de gado movimentaram R$ 421 milhões em João Pinheiro

As transferências irregulares de aproximadamente 83 mil cabeças de gado foram objeto de investigação da polícia, que calcula movimentação de R$421 milhões, entre 2022 e 2024

, em Uberlândia

Um esquema criminoso de transferência de cabeças de gado que movimentou R$ 421 milhões em dois anos foi alvo da Polícia Civil nesta quarta-feira (13), em João Pinheiro. A operação Cacus teve apoio das polícias Militar e Penal e do departamento de combate à corrupção e ao crime organizado da Polícia Civil do Distrito Federal.

Polícia Civil cumpre mandados
Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão em João Pinheiro e em Brasília – Crédito PCMG

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em João Pinheiro e Brasília. As buscas foram realizadas na casa dos investigados e uma unidade do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Quarenta e dois policiais participaram da operação.

Ao todo 12 suspeitos, incluindo três servidores públicos e empresários estão sendo investigados. “O principal suspeito residente em Brasília e teria recebido mais 1 mil transferências irregulares de gado por diferentes servidores públicos”, disse o delegado Danniel Pedro.

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As transferências de aproximadamente 83 mil cabeças de gado foram objeto de investigação da polícia, o que teria movimentado o montante de R$ 421 milhões entre os anos de 2022 e 2024.

Durante as buscas foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e mídias de armazenamento, além de cheques que somam mais de R$ 5 milhões e aproximadamente R$ 30 mil em espécie. Também foram apreendidos documentos relacionados às transações.

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Investigação

As investigações começaram após a descoberta de uma transferência de 300 cabeças de gado que acontecera sem o conhecimento do proprietário, em março de 2023. “O caso era uma pequena parte de um esquema mais amplo de fraudes, segundo a polícia.

“As investigações apontam que o esquema tinha múltiplas finalidades ilícitas como vendas fraudulentas de gados, a facilitação de golpes financeiros, possível sonegação fiscal e potenciais crimes contra a saúde pública, além de corrupção ativa e passiva e a inserção de dados falsos no sistema de informação da administração pública”, disse o delegado Danniel Pedro.