“Foi uma experiência muito difícil”, relata médica que acompanhou o caso da bebê raptada

Daniela Marques é chefe do setor de Pediatria do HC-UFU e fez o atendimento da bebê raptada

29/07/2024 ÀS 11H10
- Atualizado Há 2 meses atrás

A médica Daniela Marques, pediatra e chefe do Serviço Neonatal do Hospital de Clínicas da UFU, de onde uma bebê foi raptada no último dia 23, conversou com a TV Paranaíba sobre o ocorrido.

Em entrevista ao programa Manhã Total, a profissional detalhou como foi o procedimento desde o rapto até o momento em que a criança voltou para os braços dos pais.

Daniela conta que foram momentos de muita angústia, mas que muitas pessoas estavam mobilizadas para encontrar a criança.

Médica fala sobre os momentos de angústia no caso da bebê raptada – Foto: YouTube/reprodução

“Um alívio muito grande, porque a única coisa que eu pensava era que essa criança tinha que retornar para a mãe rápido”, relatou a pediatra sobre o momento em que recebeu a ligação com a informação de que a bebê raptada havia sido encontrado.

A bebê foi resgatada na cidade de Itumbiara, na clínica onde a suspeita pelo crime atuava.

A médica conta que a situação mexeu com toda a equipe do HC-UFU.

“Essa experiência tocou profundamente a todos nós. Foi uma experiência muito difícil para todos nós que trabalhamos naquele hospital”, relata.

*Notícia em atualização.

Entenda o caso da bebê raptada

  • Nathália teve a bebê raptado da maternidade do HC cerca de três horas após o parto cesárea, na noite de terça-feira (23). Câmeras de segurança flagraram a suspeita estacionando próximo ao hospital por volta das 23h20. A médica neurologista se passou por pediatra e levou a criança do quarto da família. Ela fugiu no próprio carro por volta das 23h55.
  • O pai da menina chegou a fazer um apelo por meio da imprensa, pedindo que a suspeita devolvesse a menina. Ele chegou a mencionar que a bebê raptada tinha uma doença rara na tentativa de comover a falsa pediatra a devolver a filha.
Médica que cometeu o rapto da recém-nascida no HC-UFU
A médica teve acesso ao hospital usando jaleco e crachá para cometer o rapto da recém-nascida – Foto: TV Paranaíba/reprodução
  • Por volta das 10h desta quarta (24), a Polícia Militar confirmou que a bebê raptada havia sido resgatada e a médica presa na cidade dela, em Itumbiara, no interior de Goiás. A prisão foi feita pela Polícia Civil do estado vizinho.
  • Foi confirmada a identidade da autora. Claudia Soares Alves tinha vínculo com a UFU após passar em um concurso para ser professora de Clínica Médica na Faculdade de Medicina. Ela também era estudante de Doutorado na instituição.
  • Ao prestar depoimento para a polícia, a mulher alegou surto psicótico e que estava sob efeito de medicamentos controlados. Ela vai ficar presa no estado de Goiás à disposição do Judiciário.
Dra. Claudia era professora da UFU e postou nomeação nas redes sociais – Foto: Reprodução
  • HC-UFU se manifestou e reconheceu a falha no sistema de segurança da instituição de saúde. Disse ainda que os protocolos seriam revisados. O Ministério Público Federal também abriu procedimento para apurar a situação e buscar responsabilização.
  • Um funcionário do HC, que preferiu não se identificar, denunciou que as catracas do local estavam estragadas e pontuou sobre a estrutura precária do hospital.
  • Após 17 horas de angústia e sofrimento, finalmente o caso teve um final feliz e Nathália pôde, novamente, ter a bebê raptada da maternidade nos braços.
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