Tremor de terra de magnitude 2,0 é registrado em Sete Lagoas
Abalo sísmico foi registrado na região central de Minas Gerais; equipamentos de monitoramento sísmico serão instalados em várias regiões
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Um tremor de terra de magnitude 2,0 na escala Richter foi registrado em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, com epicentro no bairro Interlagos II, próximo a uma área de mata fechada. Apesar do abalo, não houve danos estruturais nem feridos, segundo a Defesa Civil, que realizou rondas em bairros da cidade após o tremor, sentido principalmente por volta das 4h12 na madrugada do dia 11.

Antes deste episódio, no dia 8 de setembro, a região vizinha de Capim Branco registrou dois tremores de magnitude 1,9 e 2,0, próximos a áreas de mineração e com epicentros a cerca de 20 km de distância. De acordo com a escala Richter, tremores abaixo de 3,5 geralmente não são sentidos pela população.
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Segundo dados da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e do Centro de Sismologia da USP, tremores de terra são recorrentes em Sete Lagoas. Entre 2020 e janeiro de 2024, foram contabilizados 25 abalos, com episódios históricos registrados desde a década de 1930. Em janeiro de 2024, por exemplo, a cidade teve três registros em um único dia.
Monitoramento e prevenção
Novos equipamentos de monitoramento sísmico chegaram a Sete Lagoas no dia 3 de setembro. Segundo a Prefeitura, a tecnologia permitirá investigar com precisão as causas dos tremores e apoiar medidas preventivas de segurança.
Minas Gerais concentra 41% dos tremores brasileiros em 2025, com 91 ocorrências de janeiro a setembro dos 218 registrados no país. Em 2024, a região registrou 41 tremores, incluindo um de magnitude 4,0, considerado forte para padrões nacionais.
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O estado receberá cinco novos sismógrafos para Sete Lagoas, Betim, Lagoa Santa, Itabirito e Ipatinga. A instalação é fruto de parceria entre UnB, UFMG e Defesa Civil de Minas, com investimento de R$ 500 mil em equipamentos, enquanto os municípios ficam responsáveis pela infraestrutura dos abrigos. Os dados coletados ajudarão a entender melhor a atividade sísmica e a orientar políticas de prevenção de riscos geológicos. “A chegada dos novos equipamentos permitirá monitoramento contínuo e mais preciso, essencial para proteger a população e compreender os tremores recorrentes na região”, afirma a Defesa Civil.