As necessidades e os problemas que afligem a segunda maior cidade de Minas Gerais: Uberlândia
As necessidades e os problemas que afligem a segunda maior cidade de Minas Gerais: Uberlândia
“Alerta de segurança! A criminalidade em Uberlândia está crescendo e precisamos agir”. Foi assim que um convite compartilhado entre lojistas da cidade chamou a atenção para o tema e a importância de debatê-lo junto a quem está na alta cúpula da Segurança Pública.
Só até maio, os números já demonstravam aumento de registros de furtos e roubos no comércio e a sensação de insegurança, segundo o Paranaíba Mais apurou com empresários do setor, se transformou em uma das piores dos últimos tempos.
Fato é que a criminalidade em Uberlândia virou uma pauta rotineira para os comerciantes da cidade.
Segundo os dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), até maio, ocorreram 695 furtos e 98 roubos a estabelecimentos comerciais na região de segurança.
Os registros apresentavam aumento de 4,5% e 30,67%, respectivamente, no comparativo ao mesmo período do ano passado.
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Na próxima semana, a Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) vai ampliar o debate em uma reunião pública com o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Eduardo, e o delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia.
À coluna, o presidente da entidade disse que a iniciativa pretende debater ações conjuntas de enfrentamento à criminalidade na cidade, especialmente no comércio e serviços.
“A CDL tem recebido relatos frequentes de furtos e roubos em estabelecimentos comerciais e até em imóveis desocupados. O cenário é preocupante e serve de alerta para a sociedade, sobre uma potencial crise na segurança pública, agravada pela falta de atenção do Estado”, afirmou Cícero Heraldo Novaes.
Para Novaes, a falta de reforço no efetivo policial e condições precárias de trabalho tem resultado no sucateamento da segurança não só em Uberlândia, mas em todo território estadual.
Outro problema apontado pelo presidente da CDL é de que a justiça criminal atua de forma leniente, principalmente com crimes de menor potencial ofensivo. “A inexistência de penas efetivas previstas em lei, transmite a mensagem de que o crime compensa, uma vez que a polícia prende, mas a justiça solta”, finalizou.
O debate promovido pela CDL ocorre na próxima quarta-feira (28), às 14h, na própria sede na avenida Belo Horizonte, no bairro Osvaldo Rezende.
É o momento certo para a união fazer a força e cobrar do Estado um olhar mais atento para a criminalidade em Uberlândia.
Ainda que as dificuldades estruturais que as polícias do Estado enfrentam sejam empecilho, algo precisa ser feito. Que sejam ações paliativas.
O que não dá é para tratar os índices com normalidade e ver os crimes contra o patrimônio surrupiar o sustento de tantas famílias de Uberlândia, que dependem do comércio e do setor serviços.
Por isso, comerciantes, aceitem o convite e levem sugestões aos representantes da segurança pública.
A participação ativa de vocês é essencial para pressionar por mudanças efetivas no combate à criminalidade em Uberlândia.