O comerciante uberlandense não tem um dia de paz

Bando invade mercearia, se passa por clientes e furta diversas mercadorias de estabelecimento no bairro Saraiva

15/07/2024 ÀS 14H00

- Atualizado Há 3 meses atrás

O comerciante uberlandense não tem um dia de paz e eu posso confirmar.

Cinco pessoas se passaram por clientes de uma mercearia no bairro Saraiva, no último sábado (13), e furtaram diversas mercadorias do local. O estabelecimento fica na rua Duque de Caixas e a ação foi flagrada por câmeras de segurança, que não impediram a ousadia dos suspeitos.

O Paranaíba Mais conversou com a proprietária do local, que contou que o grupo era composto por seis pessoas. Um comparsa ficou no carro, dando cobertura do lado de fora, enquanto quatro mulheres entram no estabelecimento em diferença de segundos. Um homem aparece logo atrás e estaria agindo, segundo a vítima, como uma espécie de vigia.

O circuito de segurança mostra as mulheres pegando as mercadorias e guardando em bolsas.

“Uma das bolsas parecia um cobre leito, mas era uma sacola. Nunca vi esse pessoal antes, aparentemente são uma quadrilha, porque um ficou na retaguarda dentro do carro, enquanto esses cinco desceram. Eu acredito que o homem estava armado, porque ele ficou só vigiando”, contou a dona da mercearia.

Era por volta das 13h e só estavam a proprietária e uma funcionária no local. O bando se passava por clientes e gastou pouco menos que R$ 50 na loja. A proprietária já estava suspeitando da atitude dos supostos clientes, mas só percebeu que estava sendo furtada realmente quando foi olhar as câmeras.

Ela não conseguiu nem mensurar o prejuízo, mas alega que eles furtaram sabão em pó, amaciante, sal, frascos de palmito e maionese, além de diversos salgadinhos. Foi praticamente uma cesta básica gourmet, de snacks a produtos de limpeza.

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Sentimento de incapacidade e frustração

Conversando com a vítima, ela acabou compartilhando um desabafo sobre ser comerciante em Uberlândia. Não é a primeira vez que ela sofre perdas devido a furtos, mas é a primeira vez que é vítima de uma ação envolvendo uma quadrilha.

Sem dúvidas, são sentimentos de frustração, tristeza e incapacidade: você trabalhar para ter um mínimo de lucro, mas ver as suas mercadorias sendo levadas em plena luz do dia e mesmo com o flagrante do sistema de seguranças.

Cadê a polícia?

Que os criminosos estão cada vez mais audaciosos, isso não temos dúvidas. Mas a vulnerabilidade do comerciante uberlandense se agrava a cada dia. Não dá para medir forças com a criminalidade, quando a segurança pública é deficitária.

Muitos militares, quando chamados, sequer querem registrar o boletim de ocorrência e isso não é de agora. Muitas vítimas de crimes contra o patrimônio relatam essa situação para a imprensa. Com a comerciante no bairro Saraiva já ocorreu em outra ocasião, o que foi mais um motivo para ela não chamar a polícia desta vez.

Muito se fala nos bastidores sobre a greve velada da Polícia Militar na tentativa de pressionar o Estado a acolher as manifestações para melhores condições de trabalho e recomposição salarial da categoria. Uma luta trabalhista que é, sim, pertinente. No entanto, se isso for concreto mesmo, não é a comunidade, nem o comerciante, que devem pagar a conta.

Os comerciantes clamam por segurança para trabalhar em paz.

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