TJMG inicia audiências de adolescentes envolvidos na morte de Melissa Campos
A pedido do MP, foi decretada a internação provisória dos dois jovens, medida que pode durar até 45 dias
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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) inicia nesta terça-feira (13), as audiências de apresentação dos dois adolescentes apreendidos por envolvimento na morte da estudante Melissa Campos, de 14 anos, esfaqueada dentro de sala de aula no Colégio Livre Aprender, em Uberaba. Os atos marcam o início oficial do processo de apuração judicial das circunstâncias do crime.

De acordo com nota oficial do TJMG, os adolescentes foram apreendidos após representação apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que foi acolhida pela Justiça e serão ouvidos pela Justiça.
“Foram apreendidos dois adolescentes envolvidos com os fatos ocorridos no Colégio Livre Aprender. A representação ofertada pelo Ministério Público contra os adolescentes foi recebida e, a pedido do parquet, foi decretada a internação provisória de ambos, que pode perdurar por até 45 dias, prazo estipulado no ECA que o Judiciário possui para processar e julgar o caso. Na terça-feira, dia 13 de maio 2025, serão realizadas audiências de apresentação dos adolescentes, dando início aos atos processuais de apuração judicial das circunstâncias que envolvem o caso.”, disse TJMG em comunicado.
Entenda o crime
Melissa Campos foi atingida por golpes de faca desferidos por um colega da mesma idade durante uma aula.
Um professor da escola, que também é estudante de medicina, tentou socorrer a adolescente ainda no local, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada do socorro.
O suspeito fugiu por uma área de mata nos fundos da escola, sendo localizado e apreendido pela Polícia Militar no fim da tarde da última quinta-feira (8), dia do crime.
A investigação do caso está em andamento, e, conforme o TJMG, todas as medidas judiciais previstas estão sendo seguidas.
Luto e clamor por justiça
Desde a tragédia, a mãe da vítima, Rosana Agreli, tem feito publicações emocionadas nas redes sociais. Em uma das mensagens, ela compartilhou a dor da perda e reforçou sua esperança de que os responsáveis sejam punidos:
“Nosso Senhor Jesus nos ensina a amar, a perdoar, a não desejar o mal. E, com uma dor devastadora, colocamos os nossos corações aos pés da cruz, clamando para que não haja em nós, jamais, ódio ou desejo de vingança. Esperamos que a investigação deste crime terrível siga seu curso. Que a devida punição seja aplicada aos culpados, conforme a lei, ainda que eu a considere branda demais.”
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Em uma outra publicação, a mãe da vítima também relatou o vazio deixado pela ausência precoce da filha, “Não a verei terminar a escola, se formar, se casar. Não verei seu rosto de mulher adulta. […] Por mais doída que seja a minha perda, […] eu não posso negar a soberania do meu Deus.”
A Justiça segue agora com os trâmites para apuração completa do caso.