Ministério Público pede condenação de Hytalo Santos e indenização de R$ 10 milhões
Denúncia do MP da Paraíba acusa influenciador paraibano e marido pelos crimes de tráfico de pessoas, produção de conteúdo pornográfico infantil e exploração sexual
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O influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como MC Euro, foram denunciados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta segunda-feira (15).
O casal está preso na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, em João Pessoa, conhecida como presídio do Róger, desde o dia 28 de agosto, quando foram transferidos de São Paulo.
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Segundo o MPPB, a denúncia criminal é resultado de uma investigação minuciosa conduzida em cooperação com a Polícia Civil da Paraíba, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A denúncia atribui aos acusados três crimes:
- Tráfico de pessoas: “pelo agenciamento e aliciamento de adolescentes e suas famílias, com promessas ilusórias, visando ao controle da liberdade e da vida íntima das vítimas para fins de exploração sexual”;
- Produção de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes: “pela geração e divulgação de conteúdos de cunho sexual em redes sociais, com a finalidade de monetização e aumento de engajamento digital”;
- Favorecimento da prostituição ou exploração sexual de vulnerável: “pelo incentivo à prática de atos sexuais com terceiros, inclusive mediante situações de extremo constrangimento, como a exposição de adolescentes em ambientes e papéis destinados à exploração sexual”.
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As investigações apontam, ainda, que Hytalo Santos e Israel Vicente, buscavam alterar a aparência física das vítimas, fazendo com que elas realizassem procedimentos estéticos e tatuagens “de caráter sexualizado”, segundo o MPPB e o Gaeco. Além disso, os acusados também mantinham um controle rígido sobre as rotinas e meios de comunicação das vítimas.
Além da condenação dos réus, o Ministério Público também pediu pela fixação de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10 milhões, em razão da violação dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes, e pela ofensa à dignidade humana.