“Jamais será esquecido”: família de Juliana agradece voluntários após resgate no vulcão

Família de jovem brasileira que caiu durante trilha na Indonésia presta homenagens e promete buscar justiça

, em Uberlândia

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A dor da perda ainda é recente, mas a família de Juliana Marins, jovem brasileira de 26 anos que morreu após uma queda em trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, tem usado as redes sociais para expressar gratidão. Em publicações emocionadas, a família de Juliana agradece voluntários que arriscaram a própria segurança para localizar e resgatar a jovem. Em meio à comoção e aos trâmites para o translado do corpo, os parentes destacaram o esforço dessas pessoas e afirmaram que, apesar do desfecho trágico, o gesto de solidariedade “jamais será esquecido”. A família também afirmou que buscará justiça, ao apontar indícios de negligência no atendimento à jovem.

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família de Juliana agradece voluntários
Família de Juliana agradece voluntários pelo resgate – Crédito: Instagram/@resgatejulianamarins/Reprodução

Juliana Marins caiu em um penhasco durante uma trilha no vulcão, na ilha de Lombok, na sexta (20). O corpo foi resgatado apenas dias depois, em uma operação considerada extremamente delicada pelas equipes de resgate. Em publicação feita nesta quarta-feira (25), os familiares agradeceram aos voluntários Agam e Tyo, que participaram ativamente da missão e foram essenciais para o resgate e a todos que ajudaram, direta ou indiretamente, na operação.

“Somos profundamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate de Juliana fosse agilizado. Estendemos a nossa gratidão não apenas a eles, mas a todos que, de alguma forma, contribuíram para viabilizar esse processo”, escreveram.

“Em nome da família de Juliana Marins, queremos expressar nossa mais sincera e profunda gratidão por toda a generosidade, coragem e apoio que demonstraram ao se juntarem à equipe de resgate no Monte Rinjani. Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pôde finalmente chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida”, diz trecho da mensagem publicada nas redes.

 

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No limite do penhasco

Um dos voluntários citados, o alpinista Agam, revelou detalhes sobre as condições extremas enfrentadas no local do acidente. Ele relatou que precisou passar uma noite ao lado do corpo de Juliana, em uma área extremamente íngreme, para evitar que ela escorregasse ainda mais.

“Nós ficamos na beira do penhasco com Juliana por uma noite, instalando âncoras para não deslizar”, escreveu em suas redes sociais. De acordo com a família, a ação dos voluntários foi crucial para dar um desfecho digno à situação. Embora a perda seja irreparável, o gesto humano dos envolvidos fez diferença em um momento de imensa dor.

O que aconteceu com Juliana

Juliana Marins realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro, e já havia passado pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de seguir para a Indonésia. A trilha ao Monte Rinjani foi organizada por uma empresa de turismo local. Juliana estava acompanhada de outros viajantes quando escorregou e caiu, parando a cerca de 950 metros de distância do grupo.

Inicialmente, circularam informações de que a jovem teria recebido socorro logo após a queda, mas a família desmentiu. Segundo os parentes, Juliana aguardou por resgate durante quatro dias — tempo considerado excessivo, mesmo diante das dificuldades do terreno.

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Desafios do translado

Com o corpo já localizado, o novo desafio da família é enfrentar o processo burocrático e custoso do translado internacional. A repatriação envolve a emissão de documentos, laudos médicos, contato com consulados e companhias aéreas — além de altos custos.

O Itamaraty confirmou que, por lei, o governo brasileiro não cobre esse tipo de despesa. Em muitos casos, as famílias dependem de vaquinhas online e redes de apoio para bancar o retorno do corpo ao Brasil.

De acordo com informações compartilhadas em redes sociais, o ex-jogador Alexandre Patose se ofereceu para pagar o translado do corpo de Juliana Marins.

Busca por justiça

Em meio às homenagens, a família de Juliana Marins também afirmou que pretende buscar justiça. Os parentes acreditam que houve negligência por parte da empresa responsável pela trilha e pela demora no resgate.

 

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