Ex-modelo de Patos de Minas vira freira e beleza chama a atenção na internet

Mineira, ex-modelo e freira. Essas são apenas algumas das características de Kamila Rodrigues Cardoso, conhecida como Irmã Eva, de 21 anos, que viralizou nas redes sociais após ser filmada vendendo artigos religiosos em um bar em Goiânia (GO).

Ela é natural de Patos de Minas, mas se mudou ainda pequena para Brasília, onde mora até hoje. A Irmã Eva faz parte da congregação católica Sancta Dei Genitrix, que é independente e não é associada à Igreja Católica Apostólica Romana.

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Repercussão nas redes sociais

No Instagram, vídeos da Irmã Eva chamaram a atenção e geraram comentários. A maior parte das pessoas falaram sobre a sua beleza e sua vocação, mas alguns até acharam que a freira não existia — questionaram se a mulher não seria gerada por Inteligência Artificial (IA).

“Ela além de linda tem uma educação acima da média e sempre está na luta nos bares e restaurantes de Goiânia essa bênção divina de Deus”.

“Uma das mulheres mais lindas que eu já vi, incrível”.

“Isso é feito com inteligência artificial”.

“Estou encantada com a educação e a beleza dessa moça”.

“Como eu sei que não é IA? Linda demais”.

De modelo à freira

A Irmã Eva chamou a atenção pela beleza, carisma e fé. Em entrevista ao Paranaíba Mais, ela contou que vende itens religiosos para arrecadar fundos para os projetos sociais da congregação.

A comunidade católica da qual ela faz parte fica na Chácara da Gruta de Nossa Senhora, no Sol Nascente, no Distrito Federal. Para ela, a ação é muito mais que uma venda, mas uma oportunidade de evangelizar. “Deus também está em um bar, ele está em todos os lugares. […] Jesus também ia para muitos lugares assim, onde há pessoas sem chão, sem esperança. Jesus buscava falar a palavra para todos”, disse a freira.

Antes de seguir o chamado religioso, Kamila ingressou no mundo da moda quando tinha 8 anos. Ela fez curso de modelo e atuava em passarelas e fotografias.

Aos 16 anos, ela recebeu o título de Miss Continente Teen Sol Nascente, em Brasília. Apesar do potencial de crescimento, a jovem sentia um vazio no peito que não era preenchido pelas conquistas.

Kamila perdeu o pai aos 9 anos e, conforme foi crescendo, a dor e a saudade foram aumentando. “Queria buscar algo que suprisse a falta dele. Achei consolo para minha alma nas orações”, contou ela ao Paranaíba Mais.

Aos 17 anos, Kamila começou o noviciado, um período de formação inicial para quem deseja se tornar freira, antes de fazer os votos perpétuos. Ela explicou que o processo dura de um a dois anos e é uma etapa de preparação, onde aprendeu mais sobre a vida religiosa e a rotina de uma freira.

Nova vida, novo nome

A jovem resolveu mudar de nome ao se tornar freira. Ela contou que a mudança não é obrigatória, mas que foi importante para a vida e fé dela.

A escolha do nome foi em homenagem a personagem bíblica Eva, a primeira mulher a ser criada, de acordo com a Bíblia. “Eu estava no fundo do poço e Deus tocou em mim uma nova vida. Me identifico muito com Eva nesse sentido”, contou a freira.