Apagão na Europa afeta milhões de pessoas e fecha aeroporto de Lisboa
Apagão provocou interrupções no transporte, fechamento de lojas, restaurantes, causando prejuízos milionários e levando Madri a declarar emergência
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Um apagão de grandes proporções afetou a Península Ibérica na manhã desta segunda-feira (28), causando transtornos em setores como transporte e saúde. O problema começou por volta das 11h35 (horário de Lisboa), com os primeiros registros de corte de energia em Portugal Continental, e rapidamente se espalhou pela Espanha, deixando milhões sem eletricidade. Em resposta à crise, a cidade de Madri declarou emergência nível 2 — em uma escala que vai até 3 —, ativando o Plano Territorial de Emergência Municipal (Pemam).

O Aeroporto de Lisboa teve todos os voos cancelados e ficou fechado por várias horas, paralisando o fluxo de passageiros e gerando caos no sistema de transportes. A Renfe, na Espanha, suspendeu todos os serviços ferroviários às 12h30, horário local, equivalente às 7h30 de Brasília, enquanto o metrô de Madri evacuou suas estações, criando congestionamentos em toda a cidade. As consequências para o comércio foram severas, com lojas e restaurantes fechados, provocando prejuízos estimados em milhões de euros.
As decisões de paralisação ocorreram após o apagão generalizado, que desativou os sistemas de sinalização e o fornecimento de energia elétrica. A paralisação afetou trens de alta velocidade como o AVE, bem como serviços regionais e de média distância, deixando milhares de passageiros presos em estações em cidades como Madri, Barcelona e Sevilha.
Em Madri, a situação levou à declaração de emergência nível 2 para coordenar ações de resposta, ativando o Plano Territorial de Emergência Municipal (Pemam), que orienta a coordenação de ações em casos de desastres naturais ou falhas graves de infraestrutura. Há também registros de interrupções no fornecimento de energia em partes da França.
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Além disso, passageiros em estações importantes, como Atocha e Sants, enfrentaram longas filas e a falta de informações claras sobre a retomada do serviço. Muitos buscaram transporte alternativo, como ônibus ou táxis, sobrecarregando ainda mais o sistema rodoviário. O sistema de metrô de Madri, um dos maiores da Europa, com 12 linhas e mais de 300 estações, sofreu paralisações parciais, forçando a evacuação de milhares de pessoas.
Resposta das autoridades e riscos para a infraestrutura
À medida que a situação se agravava, a Red Eléctrica da Espanha ativou planos de contingência e iniciou uma investigação para apurar as causas da falha. Embora a energia tenha sido restaurada parcialmente em algumas regiões de Madri às 14h00, Portugal continuou em grande parte no escuro até a noite. A crise de 2025 levanta sérias questões sobre a infraestrutura elétrica da Península Ibérica, especialmente em relação ao aumento da demanda e à transição para fontes de energia renováveis.
O governo espanhol anunciou uma revisão completa do sistema elétrico, com foco na identificação de vulnerabilidades. Já em Portugal, a E-Redes enfrentou duras críticas pela falha em sua comunicação pública, com o portal online da empresa incapaz de fornecer informações claras durante a crise. Especialistas alertam para a necessidade urgente de investimentos em modernização das redes e segurança cibernética, tanto em Portugal quanto na Espanha, para garantir maior resistência a falhas futuras.
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Setores mais afetados
O apagão impactou uma ampla gama de atividades, com consequências variadas por setor. Abaixo, os principais afetados:
Transporte : Metrô, trens e tráfego rodoviário foram interrompidos, causando atrasos e cancelamentos.
Varejo : Lojas e restaurantes fechados, com perdas estimadas em milhões de euros.
Assistência médica : os hospitais dependiam de geradores, mas os cuidados não emergenciais foram suspensos.
Educação : escolas cancelaram aulas, afetando milhares de estudantes.
A sociedade civil começou a exigir medidas preventivas. Associações de consumidores em Madri e Lisboa planejam buscar indenização por perdas, enquanto grupos ambientalistas enfatizam a importância da diversificação das fontes de energia para reduzir a dependência de redes centralizadas.