Vídeo: desafiando ordens médicas, Papa Francisco faz aparição pública

Pontífice surge de surpresa na Praça de São Pedro, com oxigênio e em cadeira de rodas, mesmo contrariando recomendações médicas após grave pneumonia

, em Uberlândia

Após semanas de recuperação em silêncio, o Papa Francisco surpreendeu os fiéis neste domingo (6) ao aparecer na Praça de São Pedro, no Vaticano. Em uma breve e comovente aparição, o pontífice argentino de 88 anos surgiu em uma cadeira de rodas, com cânulas de oxigênio no nariz, contrariando a orientação médica de manter repouso absoluto durante o período de convalescença.

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Papa Francisco
Papa aparece de surpresa em Praça São Pedro – Crédito: reprodução/Instagram/vaticannewspt

A presença inesperada do Papa aconteceu ao fim da missa dedicada ao Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde, celebrada pelo arcebispo Rino Fisichella. Apesar da fragilidade na voz, Francisco saudou os presentes com um breve “Bom domingo a todos! Muito obrigado!”, arrancando aplausos e comoção da multidão de cerca de 20 mil peregrinos, entre pacientes, profissionais da saúde e voluntários de mais de 90 países.

A aparição não constava na programação oficial e foi a primeira do Papa em público no Vaticano desde sua hospitalização em 14 de fevereiro. Durante o internamento, os médicos chegaram a relatar que sua vida esteve em risco em pelo menos duas ocasiões, em decorrência de uma pneumonia bilateral.

Mesmo ausente da celebração, o pontífice preparou uma homilia especial lida por Fisichella. No texto, Francisco refletiu sobre a dor, a fragilidade e a presença de Deus durante a enfermidade. “Na doença, Deus não nos deixa sozinhos. Se nos abandonarmos a Ele, onde as nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da sua presença”, escreveu.

O Papa também fez um apelo aos profissionais da saúde, incentivando-os a acolher o sofrimento dos pacientes como uma oportunidade de transformação: “Permiti que a presença dos doentes entre na vossa existência como um dom, para curar o vosso coração […] com o fogo ardente e doce da compaixão.”

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Francisco ainda compartilhou com os doentes a sua experiência pessoal: “Neste momento da minha vida, estou a partilhar muito convosco: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas […] o quarto do hospital e a cama da enfermidade podem ser lugares para ouvir a voz do Senhor”.

Antes de saudar os peregrinos reunidos na praça, o Papa participou do sacramento da reconciliação na Basílica de São Pedro e atravessou a Porta Santa. Ao fim da celebração, enviou uma mensagem de agradecimento, concedendo sua bênção apostólica e estendendo votos de saúde e fé aos presentes e a seus entes queridos.

Apesar da emoção causada pela sua presença, o gesto também gerou preocupação entre médicos e membros do Vaticano, já que o pontífice deveria permanecer em recuperação rigorosa por ao menos dois meses, sem aparições públicas ou contato direto com o público.

Ainda assim, a breve aparição de Francisco, marcada por gestos simples e palavras contidas, reafirmou a conexão emocional que o líder da Igreja Católica mantém com os fiéis — mesmo nos momentos de maior fragilidade.