Pré-eclâmpsia e Síndrome de HELLP: entenda o que levou à morte de bebê de Lexa

Cantora anunciou na tarde desta segunda-feira (10) a morte de sua filha, Sofia, três dias após o parto

, em Uberlândia

A cantora Lexa anunciou, através de suas redes sociais, nesta segunda-feira (10), a morte de sua filha, Sofia, três dias após o parto. A cantora, que estava internada há cerca de três semanas no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, enfrentou um quadro grave de pré-eclâmpsia e Síndrome de HELLP, o que resultou em um parto prematuro.

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A bebê nasceu no dia 2 de fevereiro, mas não resistiu às complicações e faleceu no dia 5 – Crédito: Reprodução/ Redes Sociais

A cantora contou que sua gestação ocorria sem complicações até o surgimento precoce e grave da pré-eclâmpsia, que afetou seu fígado e rins.

Diante da gravidade do quadro, foi necessária uma intervenção médica urgente. “Mais um dia e eu não estaria aqui para contar nem a minha história e nem a dela”, declarou.

O que é pré-eclâmpsia?

Segundo o site do Governo Federal, Biblioteca Virtual em Saúde, a pré-eclâmpsia é uma condição grave associada ao aumento da pressão arterial nas grávidas. Pode ocorrer durante a segunda metade da gestação ou até seis meses após o parto.

Caso a hipertensão arterial específica da gravidez não seja identificada e tratada adequadamente, ela pode evoluir para a eclampsia, uma forma mais grave da doença que pode resultar em convulsões e ameaçar a vida da mãe e do bebê, além de provocar o parto prematuro.

Embora a causa exata da pré-eclâmpsia ainda não seja totalmente compreendida, existem fatores de risco conhecidos, como hipertensão crônica, primeira gestação, diabetes, obesidade, histórico familiar de doenças relacionadas, gravidez após os 35 anos ou antes dos 18 anos, e gestação múltipla.

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A pré-eclâmpsia pode ser assintomática, mas alguns dos sinais mais comuns incluem: dor de cabeça forte que não alivia com medicação, inchaço no rosto e nas mãos, ganho de peso súbito (mais de 1 kg em uma semana), dificuldades respiratórias, náusea ou vômito após o terceiro mês de gestação, alterações na visão e dor abdominal do lado direito.

A eclampsia, por sua vez, pode ser precedida por dores de cabeça e estômago, além de distúrbios visuais, sangramento vaginal e até coma.

O tratamento para a pré-eclâmpsia só é completo após o parto. Durante a gestação, é fundamental que a mulher controle sua pressão arterial, realize exames regulares e tome medicamentos para controlar a hipertensão.

O médico pode recomendar também dieta com baixo consumo de sal e açúcar, repouso lateral (lado esquerdo) para melhorar a circulação sanguínea e aumentar a ingestão de líquidos, além de monitoramento rigoroso durante o pré-natal.

A prevenção da pré-eclâmpsia se dá principalmente por meio de um pré-natal adequado, com acompanhamento constante da saúde materno-fetal e da pressão arterial. A suplementação de cálcio tem mostrado reduzir o risco, especialmente em gestantes com dieta deficiente neste mineral ou que apresentam fatores de risco.

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O que é a Síndrome de HELLP?

A síndrome HELLP é uma forma grave de pré-eclâmpsia, chamada “pré-eclâmpsia atípica”, e é marcada por três problemas principais: destruição das células sanguíneas (hemólise), aumento das enzimas do fígado e queda no número de plaquetas no sangue.

Ela geralmente ocorre entre a 27ª e a 37ª semana de gestação, mas pode aparecer no pós-parto em até 30% dos casos. A síndrome pode ser difícil de diagnosticar porque nem todas as mulheres têm os sintomas típicos, como pressão alta e proteína na urina.

A síndrome deve ser suspeitada em mulheres grávidas que sentem dor forte na parte superior do abdômen, especialmente na segunda metade da gestação ou logo após o parto. Ela pode causar complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê, que podem piorar rapidamente.

O tratamento envolve diagnóstico precoce e cuidados intensivos, como o uso de medicamentos intravenosos para controlar a pressão arterial e proteger o fígado, além de garantir que o parto aconteça no momento certo.

O parto é a única cura para a doença, mas os problemas podem continuar no período após o nascimento.