Praia Clube faz história com goleada e avança pela primeira vez à semifinal da LNF

Depois de duas décadas, um time mineiro volta ao top 4 da LNF

, em Uberlândia

Na noite de sexta-feira (8), Praia Clube e Santo André se enfrentaram na Arena G3, em Uberlândia, pelo segundo jogo das quartas de final da Liga Nacional de Futsal (LNF).

Com o ginásio lotado, o Praia Clube fez história ao conquistar uma vitória com uma goleada por 7 a 2, garantindo, pela primeira vez, uma vaga nas semifinais da competição.

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Praia Clube goleia o Santo André por 7 a 2
Praia Clube, pela primeira vez, chega à uma semifinal de LNF – Crédito: Bruno Cunha

Domínio do Praia Clube

No primeiro jogo, realizado no interior paulista, o Praia Clube venceu por 3 a 1, o que significava que precisaria apenas de um empate para se classificar no jogo de volta. Já o Santo André precisava vencer no tempo normal e na prorrogação para avançar.

Com a bola rolando, o Praia Clube não se conteve e dominou a partida desde o início. Aos 3 minutos, Gilvan abriu o placar, mas o Santo André empatou com Luquinhas aos 10 minutos, gerando tensão à torcida praiana.

No entanto, Fabinho recolocou o Praia na frente após belo passe de Cabreúva, e Mancini marcou contra, fechando o primeiro tempo em 3 a 1.

No segundo tempo, com um jogador a mais após a expulsão do ala Israel logo no início, o Praia Clube ampliou com dois gols de Torres.

Aos 15 minutos, Ribeirão aumentou a vantagem, e, mesmo Felipe Carvalho diminuindo a diferença faltando 1 minuto para o fim, Gilvan sacramentou a goleada em 7 a 2, marcando de pênalti e assumindo a artilharia da liga com 25 gols.

Análise do jogo

O treinador Alemão, que comanda o Praia Clube desde 2021, destacou a consistência da equipe e elogiou o adversário, que eliminou o atual campeão Atlântico na fase anterior.

“Nossa equipe é muito consistente. Eles foram em Erechim e eliminaram o Atlântico, então sabíamos quem iríamos enfrentar. Jogamos contra eles na primeira fase e ganhamos de 1 a 0 em um jogo muito equilibrado”, comentou.

Alemão também ressaltou o desempenho ofensivo do time na vitória: “7 a 2 é um resultado muito atípico dentro de um confronto de quartas de finais, mas temos que dar os méritos porque conseguimos fazer os gols, coisa que em alguns outros jogos a gente sofreu”.

Gilvan marcou duas vezes contra o Santo André
Com dois gols, Gilvan assumiu a artilharia da liga com 25 gols – Crédito: Bruno Cunha

Pressão e uma campanha vitoriosa

Depois de 22 anos, um clube mineiro chega ao top 4 da LNF — feito alcançado pela última vez pelo Minas em 2002, quando foi vice-campeão. O retrospecto do Praia Clube nas últimas edições não era favorável, com eliminações recorrentes nas oitavas de final, alcançando as quartas apenas em 2022, quando foi eliminado pelo Tubarão.

Cabreúva, fixo do Praia e uma das contratações de destaque na temporada, comentou sobre a pressão de superar essas marcas.

“A gente não sofreu tanto esse peso, 90% da equipe são novos no Praia. Então esse peso não carregamos. Mas mata-mata é sempre difícil. Quando chegamos nas oitavas, todo mundo comentava que seria a primeira vez na história que passaríamos. Queremos fazer história”, disse.

Alemão também falou sobre a pressão de levar o time às semifinais com um projeto ainda recente.“Eu falo para os atletas que a pressão é fora de quadra. A gente trabalha e se dedica muito para chegar nesses momentos, em jogos grandes, em semifinal. A gente precisa de tranquilidade para jogar,” analisou.

Projeto Praia Clube

Cabreúva destacou a estrutura e o apoio do clube em seu projeto para o futsal. “Primeiramente o Alemão. A gente tem uma amizade há muito tempo. Já o Praia Clube é um projeto familiar, um projeto concreto, algo que vemos no dia a dia do clube. Para quem tem família é um clube sensacional, dão tudo que a gente precisa, e isso foi uma das coisas que me trouxe para cá fazer história” contou.

A equipe foi montada praticamente do zero no início da temporada, contando com apenas três atletas da temporada anterior.

Sobre os objetivos da equipe, Cabreúva comentou: “Não era o que a gente imaginava em janeiro. Quando a equipe foi apresentada, não era esse o objetivo. Mas graças a Deus estamos entre os 4 melhores”, destacou.

Palco para a semifinal

Devido ao incidente com o telhado da Arena Praia, que foi danificado por uma forte chuva, os jogos foram transferidos para a Arena G3, uma quadra em outro bloco do clube.

No entanto, a capacidade reduzida do espaço, com entrada restrita a sócios, levou torcedores a pedirem a mudança dos jogos para o ginásio Sabiazinho, maior e conhecido na cidade.

Cabreúva e Alemão avaliaram a possível mudança de local. “Acho que poderíamos trazer mais gente para esse espaço que estamos mais confortáveis. Gosto de jogar aqui, a galera tá vindo. Acho que conseguem colocar arquibancadas móveis e liberar para mais pessoas de fora”, comentou Cabreúva.

Já o treinador Alemão ponderou. “Aqui é o lugar que estamos treinando e conseguimos adaptar, coisa que na arena não temos o torcedor tão próximo. Aqui estamos acostumados. Lá [Sabiazinho] é outro tipo de jogo, a quadra é maior, não tem reposição rápida, é outro ambiente”.

Ele concluiu que a decisão será da diretoria, e o foco da equipe segue voltado para o objetivo maior: a final.

Agora, o Praia Clube aguarda o vencedor do confronto entre Joinville e Umuarama para saber quem enfrentará na semifinal.

A partida de ida terminou empatada em 1 a 1, e o jogo de volta ocorrerá no domingo (10), às 13h15, no Centreventos Cau Hansen, em Santa Catarina.