Pep Guardiola na Seleção Brasileira? Entenda o futuro do treinador
Possível chegada de Pep Guardiola à Seleção Brasileira ganha força diante das incertezas em torno do comando de Dorival Júnior
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O nome de Pep Guardiola tem sido cogitado para comandar a Seleção Brasileira nos últimos dias, diante das incertezas envolvendo Dorival Júnior.
Embora sua contratação seja incerta, muitos veem em Guardiola uma opção interessante, devido ao impacto positivo que seu estilo de jogo poderia trazer ao futebol brasileiro. No entanto, Guardiola exige condições específicas, sendo a estabilidade organizacional uma prioridade para aceitar a proposta.
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O que Guardiola busca para comandar a Seleção?
Essa não é a primeira vez que o nome de Guardiola é cogitado para a Seleção Brasileira. Em 2012, após sua saída do Barcelona, o técnico demonstrou interesse em comandar a Canarinho. Ele ficou atraído pela oportunidade de liderar a seleção pentacampeã mundial, mas questões financeiras e a resistência da CBF em contratar estrangeiros esfriaram as negociações.
Agora, mais de dez anos depois, com o contrato de Guardiola com o Manchester City se encerrando em junho de 2026 — apenas um mês antes da próxima Copa do Mundo —, o sonho dos brasileiros parece novamente possível.
Para aceitar comandar a Seleção Brasileira, Pep Guardiola procura um compromisso de longo prazo e um ambiente que favoreça a implementação eficaz de suas ideias. Sua trajetória é marcada pela preferência por projetos que ofereçam suporte contínuo e os recursos necessários para o desenvolvimento da equipe.
Adicionalmente, Guardiola espera que a CBF forneça uma estrutura capaz de apoiar as mudanças e inovações que considera essenciais. As recentes iniciativas da CBF para se profissionalizar, como o esforço de aproximação com grupos influentes do futebol europeu, indicam que a entidade está começando a atender a essas demandas.
Pep Guardiola no Manchester City
Desde que assumiu o Manchester City em 2016, Guardiola transformou o clube em uma potência global.
Sob sua liderança, a equipe conquistou seis títulos da Premier League, uma Liga dos Campeões, uma Supercopa da UEFA, um Mundial de Clubes, entre outros troféus. Ele construiu um time que é referência em futebol moderno, com táticas inovadoras e um estilo de jogo ofensivo.
No entanto, o próprio Guardiola já reconheceu que está sentindo o desgaste para seguir à frente de clubes, o que pode abrir portas para novos desafios.
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Um olhar contrário
Em entrevista ao canal do YouTube Rádio Craque Neto, o ex-jogador e técnico da Seleção Brasileira, Dunga, comentou sobre o atual momento da equipe e se posicionou contra a ideia de um técnico estrangeiro assumir o comando do Brasil.
Tetracampeão da Copa do Mundo de 1994, Dunga destacou a complexidade de conquistar o título mundial, afirmando que não é algo simples ou rápido de se alcançar.
“Demoramos 24 anos para ganhar a Copa do Mundo e voltamos aos 24 anos. Não é fácil ganhar a Copa do Mundo. Não é do dia para a noite e não é tão simples como as pessoas falam. Tudo tem que dar certo para se ganhar uma Copa do Mundo. Do presidente até o cozinheiro. Tem que ter paciência”, afirmou.
Dunga também expressou apoio ao trabalho de Dorival Júnior, atual técnico da Seleção Brasileira, e criticou a pressão por mudanças rápidas no comando. “Eu acho que o Dorival está no lugar certo. Se nós formos trazer um treinador estrangeiro, temos que trazer um jornalista, um diretor e um presidente estrangeiro. Quem nos dá segurança que um estrangeiro vai resolver nosso problema?”, questionou.
O ex-técnico ainda reforçou a necessidade de dar tempo e estrutura para Dorival desenvolver seu trabalho. “A gente tem no Brasil a questão das coisas muito imediatas. ‘Ah, o problema é o Dorival’. Ok, se tirar o Dorival vamos ser campeões do mundo? Temos que dar estrutura para o Dorival desenvolver o trabalho”, acrescentou.
Dunga também elogiou a trajetória de Dorival Júnior, lembrando dos bons trabalhos que o técnico realizou em clubes como Ceará, Flamengo e São Paulo. “Ele fez um baita trabalho no Ceará, no Flamengo e no São Paulo. O cara tem capacidade, mas tem que apoiar e dar condições para ele realizar o trabalho”, concluiu.