Filha de traficante confunde cocaína com bala e distribui para colegas em Itamonte
O caso foi descoberto após criança mencionar gosto amargo; cerca de 20 alunos foram encaminhados para hospital
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Um incidente envolvendo drogas em uma escola infantil de Itamonte, no sul de Minas Gerais, resultou no encaminhamento de 20 crianças para atendimento médico, na tarde de sexta-feira (21) e todos passam bem.
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, a situação começou quando uma criança de 4 anos, filha de um traficante local, levou para a escola 16 papelotes de cocaína, que foram confundidos com balas de coco e distribuídos entre seus colegas.
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Confunde cocaína com bala
A droga, embalada a vácuo, tem uma aparência semelhante à de doces, o que causou a confusão na criança. Durante o período de aulas, a professora do 1º período percebeu que uma aluna estava com o papelote e, ao questioná-la, a criança disse que o “doce” estava ruim e que o havia ganhado de uma colega.
A professora, então, interrogou a aluna que distribuiu a droga e foi informada de que o pai teria dado os papelotes para ela em casa.
Preocupada com a situação, a professora encaminhou a criança para a direção da escola, que tentou contato com o pai para esclarecimentos sobre a situação. Quando a professora retornou à sala de aula, encontrou mais 7 papelotes de cocaína na mochila da aluna e outros 9 violados, debaixo da carteira, totalizando 16 papelotes de substância análoga à cocaína.
O pai da criança, ao chegar à escola, arrancou os papelotes das mãos da coordenadora e fugiu sem levar a filha. O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a situação e, durante o atendimento, o tio da criança apareceu na escola, desacatou os funcionários e levou a menina embora. O tio foi preso por desacato, mas foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
O pai da criança, que possui três passagens por envolvimento com tráfico de drogas, está foragido. A Polícia Militar tentou localizá-lo, mas sem sucesso até o momento. Enquanto isso, todos os alunos envolvidos na situação foram levados para o Hospital Casa de Caridade, onde realizaram exames toxicológicos para verificar se houve ingestão da substância e foram liberados em seguida. Todas as crianças receberam alta e estão em boas condições de saúde.