Após forte terremoto, Mianmar pode sofrer com liquefação do solo
Após Mianmar ter sido atingido por um terremoto de magnitude 7,7 na última sexta-feira (28), o solo do país corre alto risco de sofrer liquefação e deslizamentos
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Após Mianmar ter sido atingido por um terremoto de magnitude 7,7 na última sexta-feira (28), o solo do país corre alto risco de sofrer liquefação e deslizamentos. O alerta é do Serviço Geológico dos Estados Unidos. Até este sábado, 1644 mortes foram contabilizadas.

O coordenador do laboratório sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professor Anderson Nascimento, em entrevista ao Jornal da Record News. explicou que o fenômeno da liquefação causa uma alteração no estado do solo mais superficial que se comporta momentaneamente, como um líquido. “Ele perde uma propriedade que a gente chama de coesão”. Como consequência existe o risco de o que estiver em cima do solo afundar, causando grandes problemas estruturais.
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Nascimento também disse que Mianmar está localizado próximo de uma região de colisão placas tectônicas — na fronteira da Índia com a Mongólia. Nos últimos cem anos, houve diversos relatos de terremotos que poderiam ter causado catástrofes. “O que ocasiona mais complicações é que agora o epicentro foi muito próximo a grandes concentrações populacionais”
Por fim, o professor lembrou que o tremor, que atingiu a magnitude de 7,7 na escala Richter, criou uma ruptura que afetou aproximadamente 350 quilômetros, gerando danos estruturais nas bases do país, como eletricidade, estradas e sistema de abastecimento de água.
Cenário atual
Segundo o governo de Mianmar, o número de mortes subiu para 1644, as pessoas desaparecidas são 139 e os feridos são mais 3.408. Na capital Naypyidaw, a cerca de 245 quilômetros do epicentro, em Mandalay, grupos se reuniram para fazer reparos em rodovias danificadas, mas redes de eletricidade, telefonia e internet seguem sem funcionar.
Ainda não é possível dimensionar por completo os prejuízos à infraestrutura do país, embora há relatos confirmando o desabamento de edifícios que funcionavam como sedes de órgãos públicos. Até agora, foram registrados danos em monastérios e mesquitas budistas, além de monumentos centenários.
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Após o primeiro terremoto, diversos outros tremores foram sentidos, um deles com magnitude de 6,4. Os abalos foram tamanhos que também derrubaram edifícios na região de Bangkok, na Tailândia, onde seis foram encontrados mortos, 26 ficaram feridos e 47 seguem desaparecidos. A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra declarou que não há risco de Tsunami.