A pochete voltou com tudo! Conheça a história do acessório que atravessou décadas e conquistou a moda

A pochete pode parecer um invento moderno, mas seu conceito existe há séculos. Na Idade Média, bolsas pequenas eram amarradas na cintura para carregar moedas e pertences. No Japão, os samurais usavam pequenos sacos presos ao quimono, chamados “inro”, para guardar itens essenciais. Na Escócia, os kilts tradicionais contavam com uma bolsa chamada “sporran”, usada para armazenar pertences sem comprometer a silhueta das roupas.

Já no século XX, a pochete como conhecemos hoje ganhou forma nos anos 1960, quando foi adotada por atletas, ciclistas e turistas pela sua praticidade. Mas foi nos anos 80 que o acessório explodiu em popularidade.

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Os anos 80 e 90: o auge da pochete

Com o boom do esporte e do streetwear, a pochete se tornou um acessório essencial. Marcas esportivas lançaram modelos coloridos, muitas vezes em materiais sintéticos brilhantes. Celebridades da época, como Madonna e Will Smith, foram vistas usando pochetes, impulsionando ainda mais a tendência.

Nos anos 90, o acessório virou um símbolo do turismo, sendo usado por viajantes em parques temáticos e destinos turísticos. No Brasil, era comum ver esses acessórios nas praias e nos carnavais, sempre associadas a praticidade. No entanto, com a virada dos anos 2000, a pochete foi taxada como “cafona” e caiu em desuso.

O retorno inesperado: acessório vira tendência fashion

A moda é cíclica, e o que um dia é considerado ultrapassado pode voltar com força. Nos anos 2010, marcas de luxo como Gucci e Louis Vuitton resgataram a pochete em seus desfiles, reinventando o acessório com materiais nobres e designs sofisticados. Influenciadores e celebridades passaram a adotar o acessório, agora chamado de “belt bag” para agregar um tom de sofisticação.

A pochete também ganhou versões diferentes: algumas podem ser usadas atravessadas no peito, outras possuem designs minimalistas para combinar com looks mais formais. Hoje, esse acessório é uma peça presente no street style e nos looks de festivais de música, unindo funcionalidade e estilo.

A pochete no dia a dia dos motociclistas: praticidade acima de tudo

Para alguns, a pochete não é apenas um acessório de moda, mas uma ferramenta essencial para o trabalho. Gilmone Soares, motociclista e entregador, usa pochetes desde sempre e não pretende abandonar o acessório tão cedo.

“Trabalho o dia todo de moto, e a pochete é a melhor coisa que inventaram. Mochila é desconfortável e pode atrapalhar nos deslocamentos. Com esse tipo de bolsa, eu carrego tudo o que preciso: documentos, celular, dinheiro, chaves. Tudo fica à mão, sem precisar parar e tirar a mochila das costas”, explica.

Para ele, a estética é o de menos: “Não importa se é bonita ou feia, o que interessa é a funcionalidade. Quem trabalha de moto e precisa acessar os bolsos rápido sabe do que estou falando.”

A pochete e a visão de um estilista

Para entender mais sobre o impacto desse acessório na moda, conversamos com Leandro Martins, estilista e consultor de moda:

“A pochete passou por uma grande ressignificação. Antes vista como um acessório puramente funcional, ela foi repaginada pelas grandes marcas e hoje faz parte de coleções de alta costura. O segredo do sucesso está na sua versatilidade: pode ser usada de diversas formas e se adapta a diferentes estilos.”

Segundo Leandro, esse acessório veio para ficar: “Não é apenas uma moda passageira. A cada temporada vemos novos modelos surgindo, sempre alinhados às tendências do momento.”

A pochete e seu impacto na moda atual

A pochete provou que é muito mais do que uma tendência passageira. Sua evolução ao longo das décadas mostra como a moda pode ressignificar itens considerados ultrapassados e transformá-los em objetos de desejo.

Seja em um look esportivo, casual ou até de luxo, a pochete voltou para ficar. E você, já aderiu a essa tendência?