Moradores denunciam riscos e imprudência no trevo do Belvedere

Acidentes, buzinas e correria formam a rotina que define o cenário do trevo. A área, popularmente conhecida como Trevo do Belvedere, fica localizada na avenida Getúlio Vargas, com o cruzamento de acesso à avenida Aspirante Mega, na praça Rita Ferreira Huguiney, no Jaraguá. Na manhã desta sexta-feira (6), uma nova tragédia foi registrada, quando um motociclista de 53 anos perdeu a vida após uma batida. Moradores da região relatam preocupação constante e cobram providências. Em nota, a Settran afirmou que o local está passando por estudos para receber uma nova obra viária.

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A vítima do acidente fatal desta sexta era autônomo e faria aniversário no sábado (7). Segundo o motorista do carro envolvido, ele tentava atravessar da avenida Getúlio Vargas para a Aspirante Mega quando o motociclista colidiu no para-choque. Com o impacto, o homem foi arremessado e caiu no asfalto do outro lado da rua. O Corpo de Bombeiros confirmou que ele teve suspeita de lesão na coluna cervical e não resistiu.

O ponto onde o acidente ocorreu é alvo de queixas antigas. Luiz Carlos Silva, subsíndico de um condomínio na esquina da rotatória, contou ao Balanço Geral da TV Paranaíba que os moradores vivem em alerta. “Está bem ruim para nós que moramos aqui ver o tanto de acidentes ocorrendo. Não respeitam sinal, andam em alta velocidade. Precisamos de uma solução para essa rotatória”, disse.

Segundo Luiz Carlos, moradores já procuraram as autoridades diversas vezes. “Foram feitas várias solicitações, mas sem sucesso. Uma das soluções seria a instalação de radares, porque há muitos motoristas que furam o semáforo em alta velocidade”, sugeriu.

Momento do acidente que ocorreu na manha desta sexta-feira (6) – Crédito: Divulgação

Pico do caos

Moradores apontam que os horários de pico agravam o problema. “Sete horas da manhã e sete da noite são os piores momentos. A passagem da rua Aniceto Pereira e a virada da rotatória na praça Rita Ferreira Huguiney é sempre complicada, com muito risco de acidente”, relatou Breno Barros, que mora na região.

A empresária Valéria Cristina Medeiros, que também vive próximo ao trevo, teve seu carro danificado em uma batida. “Eu estava do lado direito da via e um carro do lado esquerdo. Uma caminhonete passou no meio, arrancando para-choque, para-lama. Fiquei mais de 15 dias sem carro”, contou.

O que diz a Settran

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) reconheceu, em nota, que o local tem alto fluxo de veículos por ser ligação importante entre regiões da cidade. A pasta informou que realiza ações para minimizar os acidentes por meio de sinalização e dispositivos de redução de velocidade. Ainda segundo a secretaria, estão em andamento estudos para uma nova obra viária no trecho, com o objetivo de reduzir os conflitos no tráfego, a lentidão e, principalmente, os acidentes.

Leia a nota na íntegra:

“A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) informa que o trevo informado possui alto fluxo de veículos devido às importantes ligações de regiões da cidade. A pasta ressalta que promove, ativamente, ações no local para minimizar os acidentes de trânsito, por meio de sinalização viária e dispositivos de redução de velocidade em trechos vulneráveis. Destaca-se, ainda, que os condutores e pedestres devem respeitar as regras e normas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para uma cidade mais segura.

Segundo dados do Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais, na praça Rita Ferreira Huguiney, região conhecida como Trevo do Belvedere, houve 15 acidentes de trânsito no ano de 2024. Este número representa uma queda de, aproximadamente, 34% quando comparado ao ano de 2023, quando foram registrados 23 acidentes no local. No ano de 2025 foram registrados, até o momento, 7 acidentes.

A Settran comunica, também, que estão em desenvolvimento estudos para construção de uma obra viária no local para minimizar o conflito no trânsito naquela região, que gera lentidão e atrasos nas viagens das pessoas, além de acidentes”.