Estudantes aprovam gratuidade do transporte público, mas fazem ressalvas
Projeto de Lei que estabelece gratuidade do transporte público foi aprovado nesta terça-feira em votação na Câmara Municipal de Uberlândia
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A gratuidade para o transporte público para estudantes foi bem recebida entre os beneficiados pelo passe livre. O projeto de Lei foi aprovado nesta terça-feira (7) em votação na Câmara Municipal de Uberlândia. Manifestantes que estiveram em Plenário, contudo, trouxeram ressalvas para a lei e pediram ampliação dos beneficiados.
O universitário Marcelo Teodoro Mota da Silva mora na zona rural de Uberlândia e gasta cerca mais de R$ 100 mensalmente com o transporte público. Para quem começa a rotina diária às 5h para se dirigir para cidade e estudar, o fato de sobrar um dinheiro pode ajudar, inclusive, na própria manutenção e nos estudos.

“É um dinheiro que faz falta como estudante. A gratuidade vai me ajudar bastante. Poderei gastar o dinheiro com alimentação ou com compra de material para a faculdade, essas coisas”, explicou ele.
A também universitária Flávia Aparecida Silva explicou que o passe livre como estudante ajuda não só no deslocamento até a universidade. “Às vezes a gente precisa fazer algum tipo de trabalho que demanda ir para algum lugar que seja fora da universidade. Eu estudo na UFU (Universidade Federal de Uberlândia), que tem mais de um campus dentro da cidade. Eu vou para o Santa Mônica para ter aula, mas eu faço projetos no campus do Umuarama”, explicou.
Ela contou que poderá economizar de R$ 150 a R$ 200.
Ressalva
A estudante Mel Oliveira esteve entre os manifestantes que acompanharam a botação do projeto de lei sobre a gratuidade do transporte aos estudantes na manhã desta terça na Câmara Municipal de Uberlândia.
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Ainda que discordasse de parte da proposição, ela ressaltou a importância do passe livre. “É um avanço que vamos ter e que foi fruto dessa luta (do movimento estudantil) pelo passe livre. Inclusive que muitas vezes foi reprimido em várias cidades, até aqui”.
Entretanto, Mel apontou que nem todos estudantes poderão mesmo ter acesso ao transporte gratuito. “O projeto diz que é preciso uma carga horaria de 600 horas para qu eu estudante tenha gratuidade. Essa carga não contempla todos os estudantes de Uberlândia. Há cursos com carga reduzida, como pós-graduação e cursos profissionalizantes, por exemplo. É um passe libre que não atende a toda a demanda da cidade”, apontou.