Carreta carregada com caminhões fica presa no pontilhão do Alvorada e causa transtornos
Acidente ocorreu na BR-365, entre os bairros Segismundo Pereira e Alvorada; trecho é alvo de reclamações e segue sem obras de adequação
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Uma carreta, carregada com dois caminhões, ficou presa no pontilhão do Alvorada em Uberlândia na noite desta segunda-feira (29), provocando congestionamento e confusão no trânsito da BR-365. O acidente aconteceu por volta das 21h, quando o veículo bateu na estrutura da linha férrea.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até a chegada do guincho, o tráfego foi desviado para o Anel Viário Ayrton Senna. Apesar do impacto, ninguém ficou ferido, mas os dois caminhões transportados tiveram danos significativos. Veja imagens:
Trânsito congestionado e madrugada conturbada
Com o bloqueio parcial, o trânsito chegou a operar em apenas uma das pistas, causando congestionamentos que se estenderam até a madrugada. O trecho foi liberado somente após a remoção da carreta e dos caminhões, quando a via voltou a fluir normalmente.
Após a liberação da pista, um motorista enviou imagens mostrando os veículos danificados sobre o caminhão prancha.
Pontilhão do Alvorada: problema antigo sem solução
O pontilhão do Alvorada, que conecta os bairros Segismundo Pereira e Alvorada, é alvo de reclamações constantes. A altura máxima do vão é de 4,5 metros, apenas 5 centímetros acima do limite permitido para veículos de carga. Por isso, acidentes semelhantes já ocorreram diversas vezes, causando transtornos e prejuízos.

Em dezembro de 2024, a Justiça Federal determinou que a concessionária Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) realizasse estudos técnicos e obras de adequação para ampliar a altura útil e alargar a passagem, atendendo às normas da ABNT e à legislação federal. No entanto, a empresa não cumpriu o prazo e recorreu da decisão, deixando a situação sem solução até o momento de fechamento desta reportagem.
Conforme mostrou o Paranaíba Mais em julho deste ano, a FCA ignorou o prazo para apresentar projeto e iniciar as melhorias exigidas. O Ministério Público Federal (MPF) cobra providências e pode pedir novas medidas coercitivas, incluindo multas diárias e indenização por dano moral coletivo.