Primeira quinzena de novembro registra chuvas acima de 250 mm no Triângulo e Alto Paranaíba
Araguari e Tupaciguara registraram os maiores volumes e concentraram tempestades mais severas; boletim meteorológico aponta acumulados entre 30 e 258 mm na região
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A primeira metade de novembro confirmou o início da estação chuvosa no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com volumes acima da média para o período e ocorrência de tempestades isoladas. O cenário foi apresentado no boletim elaborado pelo geógrafo William Borges, com base em dados do Inmet e Cemaden, que registrou acumulados variando entre 30 mm e 258 mm entre os dias 1º e 15.

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Segundo o geógrafo o regime de chuvas foi impulsionado pela combinação de umidade proveniente da Amazônia, aquecimento típico da primavera, favorecendo pancadas irregulares e núcleos intensos de instabilidade em pontos específicos da região.
Araguari e Tupaciguara registraram chuvas acima de 250 mm
As chuvas mais intensas ocorreram no norte e nordeste do Triângulo Mineiro. Entre Araguari e Tupaciguara, o boletim registrou acumulados de 150 a 240 mm, com um núcleo extremo atingindo 258,2 mm, o maior volume da quinzena.
De acordo com o estudo, a região foi influenciada por fortes tempestades convectivas, associadas a altos índices de energia, elevada convergência de umidade e aquecimento diurno mais expressivo, cenário favorável à ocorrência de granizo, rajadas de vento e enxurradas localizadas.
Uberlândia e cidades vizinhas registram acumulados mais baixos
A maior parte do Triângulo Mineiro apresentou volumes considerados baixos a moderados, entre 30 e 90 mm. O comportamento foi registrado em cidades como Uberlândia, Ituiutaba, Frutal, Campina Verde e Prata, onde o avanço das áreas de instabilidade foi menos expressivo.
Segundo o levantamento, esses municípios ficaram fora dos principais corredores de umidade que favoreceram tempestades mais persistentes em outras localidades.
Regiões com pancadas mais frequentes somam até 140 mm
Os maiores índices pluviométricos da faixa intermediária foram observados em Limeira do Oeste, Abadia dos Dourados, Monte Carmelo e Nova Ponte, com acumulados entre 90 e 140 mm. Nesses pontos, o relevo contribuiu para a formação de células convectivas, intensificando as pancadas ao longo do período.
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Padrão típico de primavera
Municípios do Alto Paranaíba, como Patrocínio, Araxá e Patos de Minas, também apresentaram instabilidade típica do período, com chuvas distribuídas e episódios de tempestades isoladas. O comportamento confirma a expansão gradual da estação chuvosa em toda a mesorregião.
Os dados indicam que novembro segue o comportamento esperado, com forte variabilidade espacial das chuvas e formação de núcleos intensos.
Como interpretar previsões e ações
Em Uberlândia, onde o clima pode variar rapidamente entre o sol forte da manhã e pancadas intensas de chuva à tarde, acompanhar a previsão do tempo se tornou essencial para o cotidiano, seja para quem trabalha no campo, viaja, ou apenas quer se proteger de uma tempestade repentina. Segundo o geógrafo e meteorologista William Borges, compreender de onde vêm essas previsões é fundamental.
O plano de ações e estratégias para o enfrentamento do período chuvoso em Uberlândia e cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba já foi apresentado. Durante a apresentação, o superintendente regional Wellington Cancian e o gerente de Serviços de Distribuição, Cladston Santana, informaram que algumas ações já iniciaram, como poda preventiva, limpeza de faixas em áreas rurais, substituição de estruturas antigas e a instalação de equipamentos religadores automáticos, capazes de restabelecer o sistema em segundos.