Onda de calor em Uberlândia: moradores enfrentam altas temperaturas e reforçam cuidados com a saúde

Um raio de sol leva pouco mais de oito minutos para viajar da sua origem até a Terra. Mas, com a onda de calor em Uberlândia, a sensação dos moradores é de que o sol colocou o pé no acelerador. No transporte público, o motorista de ônibus Adriel Guedes disse, em entrevista ao Jornal Paranaíba, que o ar-condicionado se tornou indispensável. “Nesse calorão, se não fosse o ar, ninguém aguentava”, comentou.

Os termômetros na cidade passam dos 30 °C, e a aposentada Iraci Nogueira não sai de casa sem a devida proteção. “Levo sempre sombrinha e uma garrafinha de água. Onde paro, aproveito para reabastecer”, contou. A onda de calor tem elevado a temperatura média do período em até cinco graus.

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Para quem passa longas horas na estrada, o impacto também é significativo. Caminhoneiro há 12 anos, Wemerson Leandro aprendeu na prática a importância da proteção contra o sol. “Depois de sentir os efeitos na pele e no corpo, comecei a usar blusas com proteção UV e filtro solar. Dentro da cabine do caminhão, a sensação térmica pode ser ainda maior”, relatou.

A dermatologista Andressa Moura esclareceu à Paranaíba que a exposição excessiva ao sol provoca danos cumulativos à pele.

“Quando ficamos muito tempo expostos, a pele pode ficar vermelha e inchada, mas o maior perigo está no efeito a longo prazo. Toda vez que a pele recebe radiação solar, sofre pequenas alterações celulares. Nosso corpo tem mecanismos de reparação, mas, com o passar dos anos, essa recuperação se torna mais difícil. Isso pode levar ao surgimento de manchas, lesões e até câncer de pele”, explicou.

Diante das temperaturas elevadas, especialistas recomendam o uso de protetor solar, roupas adequadas e a hidratação constante para minimizar os impactos do calor extremo.