O horário de verão vai voltar? Especialistas e entidades defendem a retomada
Embora o governo ainda não tenha confirmado a medida, especialistas avaliam que a volta do horário de verão pode trazer benefícios energéticos e econômicos
Suspenso há seis anos, o horário de verão voltou a ser pauta nas reuniões do Governo Federal. O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o tema é constantemente avaliado, mas ainda não há decisão oficial sobre a retomada.

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Especialistas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) acompanham a situação do Sistema Interligado Nacional (SIN) e dos reservatórios, fornecendo dados que podem subsidiar futuras decisões.
Além do impacto no sistema elétrico, entidades do setor produtivo destacam que a medida poderia gerar efeitos econômicos positivos, aumentando a circulação de pessoas nas ruas no fim da tarde e favorecendo atividades comerciais e de lazer.
Horário de Verão no Brasil
O horário de verão consiste em adiantar os relógios em uma hora durante os meses mais quentes do ano, aproveitando melhor a luz natural e reduzindo a pressão sobre o sistema elétrico nos horários de pico, principalmente entre 18h e 21h.
A medida ajuda a diminuir o uso de iluminação artificial e reduz a necessidade de acionar termelétricas, que são mais caras e poluentes.
No Brasil, o horário de verão era adotado regularmente até 2019, quando o governo federal decidiu suspender a medida. A principal justificativa foi que os hábitos de consumo de energia da população haviam mudado, reduzindo a eficácia do adiantamento dos relógios.
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Por que o horário de verão voltou à pauta
O debate sobre a retomada do horário de verão voltou recentemente motivado por questões energéticas e econômicas. O MME destacou que os reservatórios estão em condições favoráveis e que o SIN apresenta situação melhor que no ano passado.
Estudos do ONS confirmam o pleno atendimento de energia até fevereiro de 2026, e o CMSE continua monitorando o sistema e fornecendo informações atualizadas para subsidiar futuras decisões do governo.
Especialistas dessas entidades ressaltam que o consumo de energia aumenta significativamente entre 18h e 21h, horário de maior demanda, e que o horário de verão poderia reduzir esse consumo em até 2,9%, gerando uma economia estimada em cerca de R$ 400 milhões.
Além da economia de energia, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) avalia que a retomada do horário de verão poderia aumentar o faturamento do setor em até 15%, já que mais pessoas circulam nas ruas no fim da tarde e aproveitam a luz natural, impulsionando bares, restaurantes e atividades turísticas