Ciclone não chega ao brasil, mas frente fria deve mudar o tempo no país esse fim de semana
Fenômeno se forma entre Argentina e Uruguai, não avança para o Brasil, mas provoca chuva, temporais isolados e queda de temperatura em várias regiões; MG terá tempo severo
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O ciclone que deve se formar entre domingo (16) e segunda-feira (17) no Sul da Argentina não deve alcançar o território brasileiro, mas seus efeitos indiretos vão mexer com o clima em vários estados, de acordo com o Inmet.
Segundo a Metsul Meteorologia, o sistema se aprofundará na altura do Rio da Prata e seguirá rapidamente para o Oceano Atlântico, enquanto a frente fria associada avança pelo Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, trazendo chuva generalizada, risco de temporais e queda acentuada de temperatura ao longo dos próximos dias.
Ciclone não chega ao Brasil
A previsão dos modelos GFS (NOAA) e NAVGEM (Marinha dos EUA) indica que um centro de baixa pressão cruzará o Centro da Argentina no fim de semana e, já entre domingo e segunda, ganhará força próximo ao Rio da Prata, formando um ciclone de menor escala. A trajetória prevista segue entre a província de Buenos Aires e o Uruguai, afastando-se para o Leste assim que atingir maior intensidade.
Diferentemente do evento da última semana, quando um sistema cruzou o Norte do Rio Grande do Sul, gerou vários tornados em Santa Catarina e no Paraná e provocou nove mortes, o ciclone atual não deve avançar para o Sul do Brasil. Por isso, os meteorologistas não projetam ventos ciclônicos intensos nas áreas costeiras.
Mesmo distante, fenômeno gera instabilidade no Brasil
Embora o núcleo do ciclone permaneça fora do país, a frente fria associada ao sistema deve provocar impactos significativos. Entre domingo e segunda-feira, o avanço frontal deve atingir o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná com chuva ampla e possibilidade de temporais isolados, que podem vir acompanhados de vendavais e queda de granizo.
Na sequência, a instabilidade se desloca para o Centro-Oeste e o Sudeste no início da próxima semana, elevando o risco de tempo severo em áreas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Estados seguem em alerta para novos ciclones em novembro
O Inmet lembra que novembro costuma ser um mês de transição marcado por frentes frias intensas e grande variação atmosférica, o que favorece a formação de ciclones extratropicais sobre o Atlântico Sul. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná seguem como as áreas de maior risco, embora São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais também possam sentir impactos indiretos.
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Entenda a diferença entre os tipos de ciclone
Meteorologistas reforçam que o fenômeno previsto para este fim de semana é extratropical, o mais comum no Brasil. Eles se formam em latitudes médias, associados a frentes frias e têm núcleo frio.
Outros tipos incluem:
Tropicais: mais intensos e conhecidos como furacões ou tufões; têm núcleo quente.
Subtropicais: intermediários, com características dos dois anteriores, e são frequentes no Sudeste.
Queda de temperatura e contraste de massas de ar
Com a chegada da frente fria, o Sul e parte do Sudeste devem registrar declínio nas temperaturas, mesmo em plena primavera. Enquanto isso, Norte e Centro-Oeste permanecem com padrão quente e úmido, típico desta época. O Inmet projeta que o ar mais ameno deve persistir até por volta de 20 de novembro, quando o calor volta a ganhar força.
Monitoramento permanece reforçado
Apesar de o ciclone não atingir diretamente o Brasil, especialistas destacam que o mês segue com potencial para novos episódios de instabilidade forte, e que o monitoramento constante é essencial para reduzir riscos e orientar a população.