VÍDEO: onça-pintada que atacou homem no pantanal foi flagrada por câmeras dias antes
Imagens mostram o felino rondando o pesqueiro onde Jorge trabalhava semanas antes do ataque, reforçando o risco conhecido pelo caseiro
A morte de Jorge Avalo, de 60 anos, conhecido como “Jorginho”, atacado e devorado por uma onça-pintada na região de Touro Morto, às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS), ganhou nova repercussão com a divulgação de vídeos que mostram o felino rondando o pesqueiro onde ele trabalhava semanas antes do ataque. As imagens, juntamente dos antigos relatos de Jorge sobre a presença de onças, reforça que o risco era conhecido pelo caseiro.
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Um vídeo de câmera de segurança, datado de 23 de março de 2025, mostra uma onça-pintada caminhando lentamente pelo rancho onde Jorge atuava como caseiro. A gravação, obtida por moradores e divulgada nas redes sociais, mostram a proximidade do animal com a área habitada.
Outra filmagem, feita uma semana antes do ataque, mostra Jorge conversando com um colega sobre pegadas de duas onças perto da casa.
No vídeo, o colega brinca: “A onça vai comer o Jorge, Dão!” Jorge responde, em tom leve: “Não vai comer, não!” As imagens, que circularam após a tragédia, mostram rastros de felinos e sinais de disputa entre os animais, indicando a presença constante de onças na região.
Jorge, que trabalhava no pesqueiro Touro Morto há cerca de 20 anos, já havia comentado sobre a preocupação com os felinos. “Ele sabia que as onças rondavam, mas nunca imaginou que seria atacado,” relatou Reginaldo, irmão da vítima, em entrevista à imprensa local.
O ataque
O ataque ocorreu na madrugada de 21 de abril, por volta das 5h30, enquanto Jorge preparava café em um barraco à beira do rio. A Polícia Militar Ambiental (PMA) suspeita que ele tentou fugir para um deck de madeira, mas foi alcançado e arrastado pela onça para uma área de mata fechada, a cerca de 300 metros do rancho.
Um guia de pesca, ao visitar o local para comprar mel, encontrou rastros de sangue, um celular e um chinelo, dando início às buscas.
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Na manhã de 22 de abril, partes do corpo de Jorge foram localizadas pelo cunhado, conhecido como Magrão, com apoio de familiares, guias locais, PMA e Corpo de Bombeiros.
Durante o resgate, a onça retornou ao local, atacou a equipe e feriu o punho de um voluntário, exigindo tiros de advertência para afastá-la. Os restos mortais, encontrados em uma toca do animal, foram encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana para perícia e identificação por DNA.