Vídeo: Lohan Ramires se pronuncia pela primeira vez após prisão nos Emirados Árabes
Influenciador de Uberlândia foi preso nos Emirados Árabes Unidos em setembro e saiu mediante fiança; PC diz que ele é condenado por tráfico de drogas e outros crimes
-
O influenciador de Uberlândia, Lohan Ramires, que foi preso nos Emirados Árabes Unidos e solto após pagamento de fiança, se posicionou pela primeira vez sobre o caso, nesta terça-feira (16). Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o criador de conteúdo digital afirmou que seu “problema é anabolizante” e que “não vende droga”, rebatendo a alegação de que estaria envolvido com o tráfico de drogas.
Ramires também disse os materiais apreendidos em sua casa que teriam resultado no mandado de prisão não eram entorpecentes. Ao Paranaíba Mais, o influenciador disse que o mandado de busca e apreensão foi realizado durante a operação Diamante de Vidro.
📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

O que disse Lohan Ramires
“O que aconteceu foi que eu fui renovar meu visto em Omã [país que faz fronteira com os Emirados Árabes Unidos]. Chegou lá, tinha esse mandato no qual eu não tinha conhecimento. Fiquei preso quatro dias. Expliquei meu caso aqui para corte. Eles entenderam, estipularam a fiança, eu saí. E o meu problema não tem nada a ver com droga, igual a mídia fala”, disse o influenciador em vídeo.
Segundo a defesa de Lohan, de responsabilidade do advogado Diego Ferreira de Matos, a saída do influenciador do Brasil não foi para descumprimento de pena, mas uma viagem a trabalho. A defesa também disse que ele deixou o país antes da decisão judicial que motivou o mandado de prisão se tornar definitivo.
Em nota, o advogado afirmou: “Após ser detido nos Emirados Árabes, o país, ao analisar as provas do processo, entendeu a fragilidade probatória e concedeu a liberdade mediante fiança de menos de R$ 3.000,00, valor muito aquém do que se vê em casos semelhantes”.
VEJA MAIS! Quem é Lohan Ramires, influenciador de Uberlândia preso nos Emirados Árabes
Ramires já havia sido alvo das operações Má Influência (2022) e Erínias (2023), conduzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com o Ministério Público. Segundo a PCMG, o influenciador preso no exterior foi condenado a 26 anos e um mês de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e outros delitos.
De acordo com a PCMG, a prisão ocorreu em setembro deste ano, com base em informações repassadas pela Coordenadoria de Operações Estratégicas (COE) da instituição. A confirmação do caso chegou ao Brasil nesta segunda-feira (15), por meio da Interpol.
Lohan Ramires se pronuncia pela primeira vez após prisão – Créditos: @lohanramires/Instagram
Suposto laudo da perícia fala sobre material apreendido
Ao Paranaíba Mais, Lohan Ramires enviou um trecho do suposto laudo da perícia que comprovaria que o material apreendido em sua casa não se tratava de drogas.
“As análises realizadas no material descrito, utilizando os recursos técnicos disponíveis neste laboratório, não detectaram a presença de substâncias psicotrópicas e/ou entorpecentes, esteroides anabólicos androgênicos e tóxicos minerais, bem como as substâncias descritas na embalagem, sendo detectada a presença de MANITOL e p-CRESOL”, afirma trecho do documento.
Segundo Ramires, os anabolizantes apreendidos em sua casa eram de seu uso pessoal e teria uma embalagem enganosa. “Até a farmácia que eu comprei, me vendeu algo que não é o que tá escrito no rótulo”, afirmou em vídeo. Para ele, o laudo da perícia comprova que a substância não seria entorpecente e nem anabolizante.

Posicionamentos oficiais
A PCMG informou que Lohan Ramires foi localizado na quinta-feira (4) e detido nos Emirados Árabes por meio de cooperação internacional, após a inclusão do nome dele na lista de difusão vermelha da Interpol.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que não se manifesta sobre casos específicos devido a sigilo legal. Já a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que a unidade prisional para o cumprimento da pena dependerá de decisão judicial.