Trabalhador viveu 15 anos em condições análogas à escravidão na zona rural de Patrocínio
Autoridades apuram possível caso de trabalho análogo à escravidão em propriedade de Guimarânia (MG), próximo a Patrocínio
Um trabalhador rural de 57 anos, natural do Paraná, foi identificado em condições análogas à escravidão na zona rural de Patrocínio. A apuração foi feita na tarde desta quinta-feira (10) por equipes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Guimarânia, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), após denúncia encaminhada à rede de proteção social.

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A ação ocorreu em uma propriedade na região conhecida como Chapadão de Ferro. No local, foram observadas estruturas em condições degradantes, inadequadas para habitação humana, além de sinais de abandono e tentativa de evasão, o que pode configurar tentativa de dificultar a fiscalização.
Segundo o relato da vítima para a PM, ele vivia no local há cerca de 15 anos, prestando serviços sem registro em carteira, recebendo valores abaixo do salário mínimo, e sem acesso a direitos trabalhistas, assistência médica ou liberdade financeira — já que o empregador controlava seus dados bancários. O trabalhador também expressou o desejo de retornar ao Paraná e buscar a reparação de seus direitos.
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A Polícia Militar auxiliou no encaminhamento da vítima a suporte psicossocial e jurídico. O caso será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, à Delegacia Regional do Trabalho, ao Ministério Público Estadual e a demais órgãos responsáveis pela apuração civil e criminal.