Suspeita de envenenar família com ovo de páscoa teria agido por ciúmes
Jordelia Pereira Barbosa de 36 anos, teria enviado um ovo de Páscoa envenenado para atual namorada do ex-companheiro; uma criança morreu e duas pessoas estão em estado grave
-
A Polícia Civil do Maranhão investiga um caso de envenenamento que resultou na morte de uma criança e deixou duas pessoas em estado grave, após o consumo de um ovo de Páscoa supostamente envenenado. Jordelia Pereira Barbosa, de 36 anos, foi presa como principal suspeita do crime, motivado por ciúmes. Ela teria enviado o “presente” à atual namorada do seu ex-companheiro.

Segundo a PCMA, câmeras de segurança registraram a suspeita entrando em uma loja de chocolates em Imperatriz (MA) na tarde da última quarta-feira (16), por volta das 16h. Nas imagens, ela aparece disfarçada com uma peruca preta e óculos escuros. Depois de passar pelo caixa, saiu do local com os ovos de Páscoa que, mais tarde, seriam consumidos pela vítima e sua família.
O chocolate foi entregue à atual do ex-companheiro da suspeita. Após consumirem o presente, a Mirian, uma mulher de 32 anos e seus dois filhos, uma adolescente de 14 e um menino mais novo, passaram mal e foram socorridos. A criança não resistiu e morreu ainda na madrugada de ontem. A mãe e a filha seguem internadas na UTI em estado grave. Segundo a ocorrência, após receber o doce, a vítima foi surpreendida por uma ligação de uma mulher não identificada, que quis saber se ela havia recebido o ovo de Páscoa. A mulher atendeu, perguntou quem estava falando, mas não obteve resposta.
Jordélia Barbosa foi detida enquanto viajava de ônibus para sua cidade natal, Santo Inês, a cerca de 400 km de Imperatriz. A mulher assumiu que comprou o ovo, mas negou que tivesse envenenado o alimento. Com ela, foi apreendida a peruca utilizada no disfarce. A mala da suspeita será periciada, conforme informou o delegado Maurício Martins, responsável pelo caso.
O Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz realizou exame de necropsia no corpo do menino e o laudo deve indicar a causa da morte. Amostras do ovo de Páscoa foram enviadas ao Instituto de Criminalística para análise laboratorial, assim como materiais biológicos das vítimas ainda hospitalizadas.
Até o momento, a Polícia Civil mantém o caso sob sigilo parcial para não comprometer as investigações. A motivação principal, segundo as autoridades, seria ciúmes por parte da suspeita. Mais informações devem ser divulgadas nos próximos dias.