Sem conseguir comprar gás, mulher improvisa fogão e incêndio destrói casa em MG
Ocorrência em João Pinheiro levanta alerta sobre insegurança doméstica em famílias de baixa renda
Uma moradora do bairro Aeroporto, em João Pinheiro, perdeu parte dos móveis de casa após um incêndio na manhã desta terça-feira (24). O fogo começou quando ela tentou cozinhar usando um fogareiro improvisado com lenha, segundo o relato da própria vítima. Sem recursos para comprar um botijão de gás, a mulher encontrou no método alternativo a única saída para preparar o café da manhã.

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O incidente ocorreu por volta das 6h, na Rua José Carneiro de Melo. Chamas atingiram o interior do imóvel e consumiram uma cama, um armário e um carrinho de bebê. Moradores vizinhos ajudaram a conter o fogo antes que ele se alastrasse para outros cômodos. Ninguém se feriu, mas o susto expôs a falta de condições mínimas para garantir segurança dentro de casa.
Os perigos
Usar fogão a lenha ou outras formas alternativas para cozinhar dentro de ambientes urbanos pode representar alto risco, especialmente sem as condições adequadas de ventilação e proteção. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, incidentes como esse são mais frequentes em áreas com maior índice de vulnerabilidade social.
“Qualquer equipamento improvisado de aquecimento, seja a lenha, álcool ou carvão, precisa ser manuseado com extremo cuidado. Dentro de residências, o ideal é que haja chaminé, espaço aberto e afastamento de objetos inflamáveis”, escalare o órgão em publicação oficial.
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Mulher improvisa fogão
Casos como o desta moradora também evidenciam a necessidade de fortalecer redes de assistência social. Famílias sem acesso ao gás de cozinha podem buscar orientação junto ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo. Em situações emergenciais, o Programa de Benefício Eventual pode fornecer ajuda financeira ou cestas básicas — inclusive com reposição de botijão de gás.
Além disso, o Disque 100 pode ser acionado para denúncias ou orientações sobre situações de risco e vulnerabilidade, e o Corpo de Bombeiros, pelo 193, deve ser chamado em qualquer caso de incêndio, mesmo que aparentemente controlado.