Segundo suspeito de matar travesti em Patos de Minas é preso em Carmo do Paranaíba
Suspeito de 23 anos foi detido pela Polícia Civil e crime teria sido motivado por homofobia e drogas
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A Polícia Civil de Patos de Minas prendeu, em Carmo do Paranaíba, o segundo suspeito pelo assassinato da travesti Cacau Faria, morta de forma brutal no final de junho deste ano.
De acordo com o delegado Luís Mauro, o segundo suspeito, de 23 anos, foi preso nesta terça-feira (15) e levado ao presídio Sebastião Satiro. O crime teria sido motivado por homofobia e envolvimento com drogas.
Apesar de ter admitido que estava presente na cena do crime, o segundo suspeito não confessou o assassinato. Assim como o primeiro suspeito, preso anteriormente, ele passa a responsabilidade pelo homicídio para o segundo suspeito. Para a polícia, porém, as evidências apontam que ambos agiram em conjunto na execução do crime.

Relembre o caso
Cacau foi encontrada amarrada e amordaçada, com a causa da morte confirmada como estrangulamento. O primeiro suspeito foi preso após uma denúncia anônima indicar que ele estava na frente de um bar, localizado na rua Brito Moreira, no bairro Nossa Senhora Aparecida. Ele foi identificado por imagens que mostram a vítima caminhando ao lado de dois homens.
A investigação apontou que, na madrugada do crime, os três entraram juntos no estacionamento de um hospital na avenida Paranaíba, mas apenas os dois suspeitos foram vistos saindo do local. Um deles usava uma camiseta listrada e chinelos brancos, além de meias pretas, características que coincidem com as imagens de segurança.
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Durante depoimento, o suspeito afirmou que realmente esteve com a vítima, mas negou qualquer participação no homicídio. Ele alegou que deixou o estacionamento e foi para a casa de parentes, sem conhecer os outros dois homens. Segundo ele, o motivo de estarem juntos era para o consumo de drogas.
O suspeito ainda relatou que, após um desentendimento por causa de um telefone, deixou o local e não quis se envolver na confusão. Logo depois, o segundo homem teria saído com o celular nas mãos, mas ele preferiu ir embora sem questionar o ocorrido.
Após a polícia ratificar a prisão em flagrante, o Ministério Público solicitou a conversão da detenção em prisão preventiva, pedido que foi aceito pela Justiça, mantendo o primeiro suspeito preso sem prazo determinado.